Falta de investimentos na manutenção de rodovias é criminosa, diz Affonso Camargo
Estudos da Confederação Nacional do Transporte (CNT) e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelam uma situação bem conhecida pelos motoristas: a má conservação de estradas brasileiras. Quase 70% das rodovias são deficientes ou péssimas, sendo que em 42 mil quilômetros há problemas de pavimentação e de sinalização. Para o deputado Affonso Camargo (PR), que foi ministro dos Transportes, o presidente da República deveria ser responsabilizado por não recuperar as estradas.
“É muito grave ter dinheiro no orçamento e não gastá-lo na infraestrutura brasileira. Isso pode ser considerado crime de responsabilidade”, ressaltou o tucano, integrante da Comissão de Viação e Transportes da Câmara.
Segundo ele, uma boa rodovia é fundamental para diminuir os acidentes e também para reduzir os custos de toda a cadeia econômica, pois estradas em más condições encarecem o transporte de mercadorias e de pessoas. Para Affonso Camargo, buraco de estrada é que nem cárie dentária. Ou seja, se não houver tratamento, os danos são grandes, como os que marcam as rodovias federais.
Órgão ligado ao próprio governo federal, o Ipea alerta que obras previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para as estradas estão atrasadas em 70% por diversas razões.
A falta de investimentos é uma delas. Segundo levantamento da Assessoria Técnica do PSDB na Câmara, dos R$ 8,5 bilhões previstos no Orçamento do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para usar no PAC em 2010, apenas R$ 932 milhões tinham sido efetivamente pagos até o último dia 9. Outro problema é o chamado “loteamento” do Dnit, ou seja, a distribuição de importantes cargos do departamento entre partidos aliados ao governo Lula.
E mais: nos últimos oito anos, foram arrecadados cerca de R$ 65 bilhões por meio da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE), cobrada do setor de combustíveis. No entanto, o governo federal gastou apenas um terço desse dinheiro na área de transporte. Segundo o Ipea, para resolver o problema das rodovias brasileiras seria necessário investir R$ 183,5 bilhões. (Reportagem: Artur Filho/ Foto: Eduardo Lacerda)
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29 de jul. de 2010
Perigo nas estradas
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Reputação manchada
Governo demorou muito para mudar direção dos Correios, avalia Pannunzio
Faturamento em queda
Diante do anúncio da demissão do presidente dos Correios, Carlos Henrique Custódio, o deputado Antonio Carlos Pannunzio (SP) afirmou que a imagem da instituição foi manchada ao longo dos últimos anos em virtude da incompetência gerencial do governo Lula. O tucano criticou a demora do Palácio do Planalto para trocar a direção da empresa, que atravessa uma séria crise de gestão já denunciada pelo tucano na tribuna da Câmara.
Custódio foi demitido após quatro anos à frente do órgão. De acordo com o ministro das Comunicações, José Filardi Leite, a exoneração foi motivada principalmente pela demora no pagamento de dívidas da empresa com fornecedores. Mas não faltam motivos para a tardia queda, como o atraso na licitação de franquias; falhas na logística, que provocaram atrasos na entrega de correspondências e encomendas; além da demora na realização de concurso público que atraiu mais de 1 milhão de inscritos.
Segundo Pannunzio, todos esses problemas provocaram grande prejuízo aos brasileiros e abalaram fortemente a imagem da instituição. “Por incompetência gerencial, o governo conseguiu desmantelar a imagem de uma empresa centenária e respeitada como os Correios. Infelizmente, isso também custou enormes prejuízos ao país por causa das deficiências nos serviços”, criticou.
Ainda de acordo com o tucano, a intervenção do Palácio do Planalto na empresa demorou a acontecer porque o governo Lula “costuma passar a mão na cabeça dos aloprados e dos inconsequentes”. Pannunzio alerta para uma nova tentativa de uso político dos Correios, já que a renovação de sua diretoria ocorre a pouco mais de dois meses das eleições.
O presidente demitido, assim como o diretor de Gestão de Pessoas, Pedro Magalhães, foram nomeados pelo governo em 2006. Exonerados nesta quarta-feira, ambos ocupavam os cargos de direção sob a chancela do ex-ministro das Comunicações Hélio Costa (PMDB), que concorre ao Governo de Minas Gerais com o apoio do PT. O engenheiro David José de Matos assumirá a presidência, enquanto Nelson de Oliveira, indicado pelo PT, preencherá a vaga de Magalhães.
Faturamento em queda
→ Em consequência da crise enfrentada pelos Correios, a empresa teve no ano passado o seu menor faturamento desde o início do governo Lula, em 2003: R$ 177 milhões. A expectativa inicial era chegar perto do lucro de 2008, de R$ 801 milhões.
→ O início dos serviços postais brasileiros teve início em 1663. Ao longo do tempo, os Correios foram ganhando respeito e credibilidade perante a população, imagem que acabou abalada ao longo do governo Lula em virtude da má gestão da empresa.
(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Eduardo Lacerda)
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Defesa dos animais
Pelo fim das touradas, Tripoli parabeniza Embaixada espanhola no Brasil
O deputado Ricardo Tripoli (SP) congratulou nesta quinta-feira (29) a Embaixada da Espanha no Brasil pela proibição das touradas na região autônoma da Catalunha. Em votação histórica ocorrida ontem, o Parlamento catalão aprovou com 68 votos a favor e 55 contra o decreto de proteção dos animais, que implica a proibição das touradas a partir de 2012.
Em ofício entregue a Carlos Alonso Zaldívar (leia ao lado), embaixador da Espanha no Brasil, Tripoli parabenizou o Parlamento regional por ter acatado a petição pública pela proibição das touradas naquela localidade. O parlamentar paulista ressaltou que a Catalunha é a segunda região espanhola a banir sua realização depois das Ilhas Canárias, em 1991.
No documento, Tripoli considerou a proibição como um marco para a proteção dos animais em todo o mundo. "A tourada sempre foi uma prática bárbara e antiquada. Trata-se de um primeiro passo para sua abolição em todo o planeta. É a vitória do bom-senso contra uma atividade de cruel tortura", finalizou. (Da assessoria do deputado)
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O deputado Ricardo Tripoli (SP) congratulou nesta quinta-feira (29) a Embaixada da Espanha no Brasil pela proibição das touradas na região autônoma da Catalunha. Em votação histórica ocorrida ontem, o Parlamento catalão aprovou com 68 votos a favor e 55 contra o decreto de proteção dos animais, que implica a proibição das touradas a partir de 2012.
Em ofício entregue a Carlos Alonso Zaldívar (leia ao lado), embaixador da Espanha no Brasil, Tripoli parabenizou o Parlamento regional por ter acatado a petição pública pela proibição das touradas naquela localidade. O parlamentar paulista ressaltou que a Catalunha é a segunda região espanhola a banir sua realização depois das Ilhas Canárias, em 1991.
No documento, Tripoli considerou a proibição como um marco para a proteção dos animais em todo o mundo. "A tourada sempre foi uma prática bárbara e antiquada. Trata-se de um primeiro passo para sua abolição em todo o planeta. É a vitória do bom-senso contra uma atividade de cruel tortura", finalizou. (Da assessoria do deputado)
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