Os deputados Bruno Rodrigues (PE) e Paulo Abi-Ackel (MG) criticaram nesta terça-feira (4) a falta de investimentos no setor elétrico brasileiro e alertaram que o cidadão será o maior prejudicado pelo descaso do Planalto. Os tucanos lembraram o histórico apagão ocorrido em 10 de novembro de 2009, que provocou um prejuízo milionário a ser repassado ao consumidor em sua conta de energia.
“No final das contas é sempre o cliente quem paga a fatura”, resumiu Rodrigues. A conclusão do deputado é baseada no rombo de R$ 160 milhões calculado pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) decorrente da substituição de parte da geração elétrica da usina de Itaipu por geração térmica a gás natural. A decisão foi tomada por técnicos do governo após o apagão para evitar riscos de combinações climáticas capazes de gerar novo blecaute.
O deputado avalia que o prejuízo é resultado da falta de ações do governo federal, omisso diante dos problemas e desafios do setor surgidos nos últimos anos. “ A infraestrutura do país está comprometida porque o governo propaga muita coisa, mas não faz. O apagão é um exemplo disso”, afirmou Rodriges.
Para Abi-Ackel, a população corre risco iminente de enfrentar um novo apagão. “Sabemos que a falta de investimento poderá resultar em um blecaute a qualquer momento, pois não existe efetivamente nenhuma política concreta para o setor”, alertou. Segundo o tucano, os problemas nessa área são mais graves que se imagina. E pior: a conta pelos problemas, no final das contas, sobrará para as famílias brasileiras.
A responsabilidade de Dilma
→ É importante lembrar que a pré-candidata do governo à Presidência, Dilma Rousseff, foi ministra de Minas e Energia de 2003 a 2005 e teve forte influência nas políticas oficiais do setor ao longo de toda a gestão do PT. “Ela tem responsabilidade direta sobre o problema”, avaliou Bruno Rodrigues.
→ O ONS considera incalculável o prejuízo do país causado pelo apagão de 2009. Além dos R$ 160 milhões provocados pela redução da geração de energia em Itaipu, de dezembro de 2009 até agora, só o desligamento das redes em novembro provocou um rombo de R$ 600 milhões. Já os custos com os transtornos gerados pelo apagão que atingiu 1,8 mil municípios são muito maiores e podem estar na casa dos bilhões de reais.
Infraestrutura em frangalhos
“O apagão não existe hoje só no setor elétrico, mas também nos aeroportos, nas estradas, no sistema carcerário, entre outras áreas. Essa é a diferença do Brasil da propaganda do Lula e o Brasil da realidade, que enfrenta crises constantes em virtude da falta de infraestrutura.”
Dep. Paulo Abi-Ackel (MG)
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