Gastança do governo atrapalha crescimento da economia, diz Vellozo Lucas O presidente do Instituto Teotônio Vilela (ITV), deputado Luiz Paulo Vellozo Lucas (ES), apontou o excesso de gastos com custeio do governo Lula como um dos principais fatores para o fraco crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre.
Recessão histórica - A expansão da economia brasileira foi de apenas 1,3% de julho a setembro deste ano frente ao trimestre anterior. Na véspera da divulgação do dado, ocorrida na quinta, o ministro Guido Mantega (Fazenda) apostava em crescimento de 2%. Segundo Vellozo, com a postura perdulária do Planalto é até natural que o país demore a se recuperar da crise financeira internacional.
“Foi uma crise importante no mundo todo e no Brasil, com consequências graves. O governo usa parcela muito expressiva da sua arrecadação para cobrir os elevados gastos de custeio. Já os investimentos, que tem o potencial de alavancar o crescimento, ficam em segundo plano”, alertou nesta sexta-feira (11). O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é exemplo disso, pois apenas 20% dos recursos para 2009 foram aplicados até o início de dezembro.
Essa é a primeira vez desde 1999, ano da maxidesvalorização do real, que há retração no PIB num período de 12 meses. Além disso, analistas apontam que 2009 fechará com estagnação ou recessão, o que não acontece desde 1992, no governo Collor. Setores como a agropecuária, a construção civil e a indústria de transformação sentiram o impacto e também ajudaram a derrubar o PIB, com quedas de 9%, 8,4% e 7,9%, respectivamente, em comparação com o mesmo trimestre de 2008.
Segundo Vellozo Lucas, medidas como a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) em setores como automóveis e eletrodomésticos também se mostraram pouco eficientes. “Na verdade este governo adora fazer cortesia com o chapéu dos outros, pois essa redução do IPI afetou o Fundo de Participação dos Municípios", apontou.
Ainda de acordo com o tucano, há grande possibilidade de o país sofrer um problema fiscal. "A gestão petista ampliou uma série de gastos desnecessários, enquanto o baixo nível de investimentos da economia chega a ser assustador”, reiterou. Na avaliação do deputado, o setor de infraestrutura é um dos principais gargalos da economia, já que há um grande déficit neste setor. (Reportagem: Rafael Secunho/Foto: Du Lacerda)
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