O PSDB fez ao longo dos últimos sete anos uma oposição responsável ao governo do presidente Lula, sem exageros e de total compromisso com o país. Foi o que afirmou nesta segunda-feira (10) o presidente nacional do partido, senador Sérgio Guerra (PE), em debate promovido pelo grupo Estado com o presidente do PT, José Eduardo Dutra. Segundo ele, essa linha de atuação fará com que o partido não baixe o nível durante a campanha eleitoral. “Temos que discutir o melhor para o Brasil. E sabemos separar bem o que é de interesse do partido do que é interesse nacional", ponderou.
Durante o debate, o tucano também destacou diferenças das duas legendas na condução do governo. “Nas questões centrais do país, o PSDB nunca vacilou,ao contrário do PT”, comparou. O senador também reprovou aspectos da gestão petista à frente do Palácio do Planalto, como a conturbada política externa, o aparelhamento do Estado e o uso da máquina pública como instrumento de campanha. Ainda segundo o tucano, o verdadeiro mérito do governo atual foi ter dado continuidade à política econômica do seu antecessor. Veja abaixo alguns pontos do debate:
“Antes do Plano Real, o país dançava de acordo com soluções econômicas que não deram certo. Quando o elaboramos, sabíamos que estávamos fazendo um projeto a curto, médio e longo prazos", disse Sérgio Guerra ao lembrar que o PT votou contra o programa. Além de ter afastado de vez o fantasma da inflação, essa iniciativa foi essencial para o desenvolvimento do país, conforme destacou. O tucano afirmou ainda que o grande mérito do governo Lula foi ter dado continuidade à política econômica e aos programas sociais criados na gestão FHC. “No Plano Real, o PT fez o diabo. Já o PSDB nunca foi contra os programas sociais - ele os inventou", comparou.
Política externa equivocada
Guerra criticou pontos da polêmica 3ª edição do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH), lançado pelo governo Lula. Ele cobrou um posicionamento da pré-candidata petista, Dilma Rousseff, em relação ao PNDH e afirmou que o PT não gosta da liberdade de imprensa. O senador lembrou ainda as violações aos direitos humanos em Cuba, Venezuela e Irã, países que contam com a simpatia do Planalto. “Firmar acordos é correto, assim como estabelecer parceiros comerciais. O que não está certo é essa simpatia e proximidade com ditaduras contestadas por todas as outras nações”, afirmou.
Guerra criticou pontos da polêmica 3ª edição do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH), lançado pelo governo Lula. Ele cobrou um posicionamento da pré-candidata petista, Dilma Rousseff, em relação ao PNDH e afirmou que o PT não gosta da liberdade de imprensa. O senador lembrou ainda as violações aos direitos humanos em Cuba, Venezuela e Irã, países que contam com a simpatia do Planalto. “Firmar acordos é correto, assim como estabelecer parceiros comerciais. O que não está certo é essa simpatia e proximidade com ditaduras contestadas por todas as outras nações”, afirmou.
Contra o aparelhamento do Estado
O tucano criticou o aparelhamento do Estado e afirmou que fazer alianças é natural na política. No entanto, diferentemente do PT, o PSDB busca abrigar não a "companheirada", mas sim chamar técnicos experientes e competentes. "O Estado não pode ser aparelhado. E não vamos trocar cargos no governo por apoio de quem quer que seja", pontuou.
O PT e a campanha antecipada
"Dilma não sairia de 5% para 20% das intenções de voto se não tivesse feito campanha antecipada”, resumiu o presidente do PSDB. O tucano criticou o uso da máquina pelo PT para fazer campanha fora de hora e afirmou que a oposição acionará a Justiça Eleitoral quantas vezes for preciso para combater essa prática ilegal. O senador chegou a citar episódios que ele presenciou nos quais petistas aclamavam o nome da ex-ministra para presidente, inclusive com a presença de Lula.
Ficha Limpa é fundamental
O presidente da legenda assumiu o compromisso de que o PSDB não terá candidatos com ficha suja e afirmou que o partido seguirá o projeto Ficha Limpa, em tramitação no Congresso, mesmo se as regras aprovadas por deputados e senadores não forem aplicadas já para as eleições de outubro.
Manobra irresponsável no PAC
Para Guerra, é uma irresponsabilidade a tentativa do governo de permitir que o orçamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) seja modificado em até 30% sem passar pelo crivo dos parlamentares - o equivalente hoje a cerca de R$ 8,8 bilhões. Para ele, isso prova claramente que não existem projetos concretos no PAC e que o programa, de fato, nunca conseguiu engrenar. Neste ano, por exemplo, de um orçamento de R$ 28,6 bilhões, o governo executou até o último dia 7 apenas 3,9% do total.
(Reportagem: Djan Moreno/Foto: Agência Senado)
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