Durante debate promovido pelo programa "Pinga Fogo", da Rádio Câmara, o deputado Gustavo Fruet (PR) defendeu a adoção do financiamento público de campanha no país. Esse é um dos pontos da reforma política, tema que com frequência vem sendo debatido no Congresso nos últimos anos.
"O financiamento público diminuiria a desigualdade no processo eleitoral, ao permitir que outros grupos sociais e indivíduos possam participar de um processo que está cada vez mais profissional", avaliou o tucano no debate que contou com a participação do deputado Flávio Dino (PCdoB-MA).
Segundo o deputado, o que ele chama de "custo da democracia" está cada vez mais caro, em especial as campanhas eleitorais. Se continuar o atual modelo de financiamento exclusivamente privado, Fruet teme que cada mais vez só poderão participar das disputas quem é muito rico ou representa corporações ou até mesmo quadrilhas.
O parlamentar destacou a grande resistência para adoção deste modelo, apesar dos benefícios que ele proporcionaria. Segundo uma das propostas em debate, sairiam dos cofres públicos o equivalente a R$ 7 por eleitor, o que somaria algo entre R$ 800 milhões e R$ 1 bilhão para o financiamento das campanhas. Para Fruet, é difícil para muitos eleitores aceitar esse modelo por acreditar que os recursos poderiam ser destinados a outras áreas.
Durante o debate, o deputado alertou que não existe sistema político-eleitoral perfeito e que nenhuma legislação será capaz de resolver todos os vícios presentes na cultura política nacional. “Não existe um sistema perfeito, até porque há uma diferença entre a democracia real e a ideal”, ressaltou, apesar de destacar avanços alcançados nos últimos anos. (Reportagem: Letícia Bogéa e Marcos Côrtes/Foto: Eduardo Lacerda)
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