Os deputados cariocas Marcelo Itagiba e Andreia Zito criticaram nesta quinta-feira (29) a falta de medidas preventivas ao uso e disseminação de drogas no Rio de Janeiro. Os tucanos lamentaram a rápida propagação do crack nas favelas e classificaram como ineficientes as ações de segurança pública no estado.
Descontrole - Segundo eles, a grande quantidade da droga apreendida pela polícia este ano demonstra que o consumo e a produção crescem de forma descontrolada. Levantamento do Instituto de Criminalística Carlos Éboli constatou que a apreensão de crack no Rio aumentou 542% em 2009. Segundo especialistas, cerca de 90% dos moradores de rua são dependentes dessa droga.
“Apesar da expansão no número de apreensões, percebe-se o aumento no consumo e o fortalecimento do tráfico sem que haja uma ação adequada para evitar isso”, alertou a deputada. De acordo com Andreia Zito, a fabricação do crack ocorre em várias favelas do Rio e pouco tem sido feito para impedir o problema.
A tucana acredita que o governo tem papel crucial no combate e na prevenção do uso de drogas, fruto de inúmeros problemas sociais. “As autoridades precisam perceber a necessidade de ajudar a tirar as pessoas desse vício e, acima de tudo, começar um trabalho de prevenção e conscientização com as famílias e as escolas. É uma pena que falte boa vontade para isso”, criticou.
Itagiba, por sua vez, lamentou o fato de o governo atual não ter dado continuidade à política de combate ao tráfico, permitindo que grupos de traficantes se reorganizassem e disseminassem a droga. Experiente na área de segurança pública, o tucano acredita que a rápida propagação do crack contribuiu, em parte, para aumentar ainda mais a criminalidade e a violência em seu estado. Durante audiência pública da CPI da Violência Urbana na última quarta-feira (28), Itagiba cobrou do ministro da Justiça, Tarso Genro, mais ações preventivas contra o consumo de drogas. “A atuação da segurança pública está muito aquém do necessário. É uma situação preocupante e que precisa ser realmente enfrentada. Não adianta haver apenas repressão se também não houver prevenção”, cobrou. (Reportagem: Djan Moreno/Fotos: Du Lacerda)
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