30 de out. de 2009

Queimando dinheiro

Gastança do governo pode comprometer futuro do país, alertam tucanos


Deputados do PSDB reprovaram nesta sexta-feira (30) a gastança desenfreada e a falta de investimentos do governo Lula. De acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional, enquanto as receitas recuaram R$ 6,72 bilhões de janeiro a setembro deste ano, os gastos aumentaram R$ 57,8 bilhões no mesmo período - um incremento de 16,48% nos nove primeiros meses do ano. Somente as despesas com pessoal cresceram 19%, o que representa R$ 17,5 bilhões a mais. Para o líder do PSDB na Câmara, deputado José Aníbal (SP), os números mostram que a gestão do PT deixará uma herança maldita para o próximo governo.

Exterminando o futuro - “Esses dados são um espanto e revelam que o governo está queimando dinheiro e tem as suas contas desorganizadas. Deveriam investir em áreas importantes para o país ao invés de patrocinar gastanças desnecessárias. As contas do governo são deficitárias, desorganizadas. Com esse cenário, é preocupante a sensação de que estão se preparando para aumentar tributos, o que seria péssimo para os trabalhadores”, alertou Aníbal.

Na avaliação do deputado Arnaldo Madeira (SP), a gastança da gestão atual é irresponsável. “O governo Lula é o exterminador do futuro ao assumir incrementos nos gastos de custeio e pessoal - que são despesas permanentes - para o resto da vida. O Planalto cruzou a bandeira da responsabilidade fiscal ao invés de aplicar os recursos públicos em investimentos”, destacou .

Enquanto os gastos com pessoal sobem, os investimentos patinam. Da dotação orçamentária de R$ 27,8 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), apenas R$ 3,8 bilhões foram efetivamente pagos até o último dia 26 de outubro. “Os investimentos estão em baixa. O governo não conseguiu executar quase nada do PAC. Ele mexe no caixa para sustentar essa gastança e sobra quase nada para investir. Considero isso lamentável, já que o investimento gera emprego, renda e faz a economia girar, enquanto essas despesas são para sempre e comprometem o futuro”, apontou Aníbal.

Para Madeira, o resultado da combinação da queda de receitas e do forte aumento de despesas é o recuo do superávit primário – a economia para pagar juros da dívida pública. “As contas do governo federal fecharam setembro com déficit de R$ 7,6 bilhões, o pior para o mês desde 1997", lembrou o tucano. Segundo ele, o governo não vai conseguir cumprir a meta do superávit primário, que despencou 79% na comparação dos nove primeiros meses deste ano com o mesmo período de 2008. (Reportagem: Alessandra Galvão/ Foto: Du Lacerda)

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