30 de out. de 2009

Nada de demonização

Deputados contestam Tarso Genro e reprovam atuação do MST

O líder do PSDB na Câmara, José Aníbal (SP), criticou as insinuações do ministro da Justiça, Tarso Genro, de que estaria em curso uma tentativa de "demonizar" o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). “Esse 'sinistro' da Justiça é um provocador. Não tem nada de demonizar. Mas não podemos permitir agressões ao Estado de Direito e que eles saiam por aí impunemente destruindo propriedades”, rebateu Aníbal.

Ministro alienado - Reincidente em invadir terras privadas com requintes de violência, o MST vem sendo criticado por autoridades como o presidente do STF, Gilmar Mendes, e o secretário de Justiça de São Paulo, Luiz Marrey, por causa de sua estratégia de atuação. A passividade do governo Lula com o comportamento dos sem-terra também vem sendo reprovada.

“O ministro não deve estar acompanhando o noticiário nos últimos tempos. O que dizer da imagem de um trator destruindo laranjais em uma empresa privada, como ocorreu em São Paulo? Temos todo o direito de saber para onde as verbas destinadas ao MST estão indo”, afirmou o deputado Renato Amary (SP). Em apenas cinco anos, o governo Lula repassou R$ 115 milhões a entidades ligadas aos sem-terra. Investigar o uso desse dinheiro será uma das principais linhas de atuação da CPI do MST que será instalada no Congresso.

Genro criticou ainda aqueles que “entendem que os movimentos sociais são casos de polícia” e disse estar preocupado com os rumos dessa CPI. Aníbal lamentou a postura do ministro da Justiça e lembrou que há muito os sem-terra não se comportam como um movimento social. “No começo, a luta deles era centrada na necessidade de assentamentos e nas possibilidades de ampliação da agricultura familiar, e não nessa bandidagem de hoje. O MST virou um movimento muito mais político, um braço que o PT manipula”, alertou.

A postura agressiva do movimento também chama a atenção de Amary, para quem o MST quer aparecer de uma maneira muito ruim. “Eles não querem o diálogo, mas apenas invadir e chamar a atenção da mídia. É uma falta de respeito à propriedade privada destruir uma fazenda produtiva que gera emprego e receitas. Não se trata de demonização, mas de uma constatação de fatos concretos”, salientou o tucano. (Reportagem: Rafael Secunho/Foto: Du Lacerda)

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