Às vésperas da comemoração do Dia Mundial de Luta contra a aids, deputados do PSDB classificaram de insuficientes as políticas do governo Lula de combate à doença. Enquanto no governo Fernando Henrique essas ações foram reconhecidas internacionalmente e serviram de modelo de ação bem sucedida na prevenção, controle e assistência aos portadores do HIV, o que se vê hoje é um retrocesso nas políticas públicas, segundo os tucanos. Para alcançar resultados mais positivos, os deputados Rafael Guerra (MG) e Manoel Salviano (CE) avaliam que, entre outras medidas, cabe ao governo adotar ações permanentes de combate à doença.
Ações descentralizadas - Divulgado semana passada pelo Ministério da Saúde, o último mapa epidemiológico da aids traz dados preocupantes. Apesar da queda da taxa de incidência nos grandes centros urbanos, a epidemia cresce no interior. Nas cidades com menos de 50 mil habitantes, por exemplo, o número de ocorrências dobrou - passou de 4,4 casos em 1997 para 8,2 em 2007 por 100 mil habitantes.
Ações descentralizadas - Divulgado semana passada pelo Ministério da Saúde, o último mapa epidemiológico da aids traz dados preocupantes. Apesar da queda da taxa de incidência nos grandes centros urbanos, a epidemia cresce no interior. Nas cidades com menos de 50 mil habitantes, por exemplo, o número de ocorrências dobrou - passou de 4,4 casos em 1997 para 8,2 em 2007 por 100 mil habitantes.
“Houve um retrocesso na gestão atual, com descontinuidade de vários programas adotados pelo governo FHC, que ganhou prêmio mundial pelo programa de combate à aids. Na gestão Lula, faltam remédios e kits para diagnóstico da doença”, destacou Rafael Guerra, que é o 1º secretário da Câmara e ex-presidente da Frente Parlamentar da Saúde.
Para os tucanos, os dados justificam a necessidade de contínuo investimento em ações descentralizadas, respeitando as especificidades de cada local. “As campanhas de combate devem ser permanentes e contínuas. Nas regiões onde os riscos são maiores, a campanha precisa ser intensificada. Temos um país cheio de diversidades e a campanha deve ser descentralizada, realizada indistintamente em todo o país”, defendeu Guerra.
“Gasta-se milhões com a gripe A e doenças endêmicas como a aids, que precisam de investimentos intensos, foram esquecidas. O combate precisa ser permanente, o que não está acontecendo. E cabe ao Ministério da Saúde fiscalizar a destinação de verbas para evitar desvio de dinheiro”, completou Manoel Salviano.
A tendência de crescimento de aids nas cidades menores e queda nas maiores confirma-se nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul. Mas, Norte e Nordeste apresentam um perfil diferente. Ocorre aumento da taxa de incidência, quando se compara 1997 com 2007, tanto em municípios grandes quanto em pequenos.
De 1980 a junho de 2009, foram registrados 544 mil casos no Brasil. Durante esse período, 217 mil mortes ocorreram em decorrência da doença. Por ano, são notificados entre 33 mil e 35 mil novos casos. Em relação ao HIV, a estimativa é de que existam 630 mil pessoas infectadas no país. (Reportagem: Alessandra Galvão/Fotos: Ag. Câmara e Du Lacerda)
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