Chávez quer monopolizar hidrovia para influenciar Mercosul, diz Marisa
A senadora Marisa Serrano (MS) alertou para as intenções do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ao criar a Fluvioalba, empresa mista que tem como objetivo dominar o transporte de cargas na hidrovia Paraguai-Paraná. Com quase 3,5 mil km, ligará Cáceres (MT) e Nova Palmira, no Uruguai, e cortará os quatro integrantes do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) e a Bolívia.
Compra de portos - A tucana avisa que ao controlar a hidrovia por meio da Fluvioalva, o presidente venezuelano terá influência sobre o escoamento da produção agrícola do Centro-Oeste. “Não é brincadeira um país que se propõe, por meio de seu governante, a começar a comprar portos que fazem a ligação entre os nossos países. No meu estado, a produção de minério de ferro de Corumbá sai por esses portos, além da produção de grãos de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso”, apontou.
Segundo o último Censo Agropecuário do IBGE de 2006, esses dois estados produzem mais de 20 milhões de toneladas de grãos de soja e milho e destacam-se também na produção de etanol. A senadora alertou ainda que a Fluviomar, comprada pela PDVSA, está negociando a aquisição de portos como o de Ladário e o de Porto Murtinho, em MS.
Marisa lamentou ainda a aprovação, pelo Senado, do protocolo de adesão da Venezuela ao Mercosul. Para ela, Chávez atua em prol das divisões, ao contrário do que preconiza a proposta de integração. A senadora acredita que ele pode inviabilizar futuros acordos a serem firmados entre o bloco econômico e os Estados Unidos ou a União Européia, por exemplo. (Da redação com assessoria/Foto: Ag. Senado)
16 de dez. de 2009
Domínio perigoso
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Marisa Serrano
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