27 de nov. de 2009

Incompetência

Inoperância de programas federais expõe jovens à violência

O deputado João Almeida (BA) afirmou que a inoperância de programas federais na área de segurança pública, como o Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania), é uma das principais razões dos altos índices de violência e de exposição dos jovens brasileiros ao crime.

Investir é fundamental - Dos 43 municípios que apresentaram os piores indicadores em estudo divulgado pelo Ministério da Justiça, 25 ainda não receberam verbas programa - quase 60% deles. Além disso, a pouco mais de um mês para o fim do ano, ainda falta executar mais de 30% do orçamento previsto para o Pronasci em 2009.

Segundo o tucano, ao deixar de liberar recursos e investir na área de segurança pública, o governo permite que a violência se agrave e o jovem esteja ainda mais vulnerável. Para João Almeida, a parcela de culpa do governo é grande na exposição do jovem ao crime, já que um dos seus principais programas não tem nem o alcance e nem a execução orçamentária ideais. “Os números são apenas um indicativo de incompetência”, completou.

Segundo o estudo, as cidades que destinam parcela menor de seu orçamento para a segurança pública são aquelas onde os seus jovens estão mais expostos à criminalidade. As cidades com menor risco investiram em média 1,3% do orçamento nessa área. As de vulnerabilidade mais alta gastaram somente 0,4% das verbas.


“Investimentos corretos e o verdadeiro envolvimento dos gestores formam o principal instrumento para combater a violência e, consequentemente, afastar os jovens dela. Só é possível obter resultados animadores se houver atenção governamental com os programas lançados. Enquanto a situação é complicada em todo país, o governo inaugura pedras fundamentais e abre licitação para obras que só ficarão prontas anos depois. Isso é uma tragédia e representa o jeito PT de governar”, reprovou Almeida.

De acordo com o estudo, os piores índices foram os das cidades de Itabuna (BA), Marabá (PA), Foz do Iguaçu (PR) e Camaçari (BA). Já as menos vulneráveis são São Carlos, São Caetano do Sul e Franca, todas em São Paulo, além de Juiz de Fora (MG). O estudo abrangeu os 266 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes e diagnosticou a exposição de jovens de 12 a 29 anos à violência por meio do chamado Índice de Vulnerabilidade Juvenil (IJV). (Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Ag. Câmara)

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