Criminalidade pode se espalhar - “Logo após o episódio do Rio, em que o helicóptero da polícia foi derrubado por bandidos, o ministro simplesmente disse que ia providenciar uma nova aeronave, em uma declaração que não faz sentido. Três dias depois, disse que iria colaborar com novos investimentos. Mas falta mesmo é uma política duradoura, que leve em conta o que já deu resultado positivo e resolveu situações conflituosas em algumas comunidades”, apontou Aníbal.
O parlamentar citou o exemplo de Medellín, que conseguiu reduzir drasticamente os índices de violência. Segundo ele, o governo federal colombiano se envolve diretamente no combate ao crime em todo o país. O líder do PSDB foi o autor do requerimento convidando Genro para vir à comissão dar explicações sobre as ações federais de combate ao crime organizado, em especial no Rio de Janeiro. Desde o último dia 17, ao menos 42 pessoas morreram em decorrência de confrontos entre traficantes de drogas e a polícia no RJ.
De acordo com Aníbal, 50% da população do Rio acha que corre risco de morte. E também destacou que se esse ciclo de violência não for interrompido, em breve se espalhará para outras grandes capitais como Belo Horizonte, Porto Alegre e São Paulo, além de comprometer a realização dos Jogos Olímpicos na cidade em 2016.
“É importante que o Rio possa efetivamente ser uma referência no país de combate ao crime, e não uma referência de rendição ao crime. Não podemos aceitar um sujeito morto dentro de um carrinho de supermercado e crianças passando ao lado para ir à escola”, observou.
O deputado Marcelo Itagiba (RJ) também criticou a política de segurança do governo Lula e citou números para mostrar falhas no combate ao crime organizado. Em comparação com a gestão Fernando Henrique, o governo Lula prendeu 20% menos criminosos e reduziu em 33% o número de apreensão de armas, segundo Itagiba. O tucano foi secretário Estadual de Segurança Pública durante o primeiro mandato de Lula.
O ministro se limitou a dizer que a situação no Rio deve ser enfrentada como uma “batalha de médio e longo prazos”. Segundo ele, a cidade está totalmente integrada ao Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania. Genro alegou ainda que as zonas controladas por milícias e traficantes e o crescimento urbano desordenado na cidade interferem na ação policial. (Reportagem: Rafael Secunho/Foto: Du Lacerda)
Um comentário:
Está correto cobrar mais atitude do governo federal. Nos E.U.A. o tráfico de drogas é considerado "crime federal" sendo julgado por cortes federais e combatido pela Polícia Federal deles, o FBI.
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