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7 de out. de 2010

Crescimento ameaçado

Vellozo Lucas critica fraco desempenho da economia e política fiscal do governo Lula

O deputado Luiz Paulo Vellozo Lucas (ES) lamentou nesta quinta-feira (7) a fraca atuação da economia brasileira. O Brasil teve o pior desempenho dos Brics, grupo que também inclui Rússia, Índia e China, no 3º trimestre deste ano. A tendência de queda ocorre pelo segundo trimestre consecutivo e, segundo o jornal “Folha de S.Paulo”, confirma que os dias de crescimento exuberante do país ficaram para trás.

O nível de expansão da economia brasileira medida pelo EMI (sigla em inglês para Índice de Mercados Emergentes, calculado pela Markit Economics em parceria com o HSBC) se desacelerou de 52,3 entre abril e junho para 51,2 entre julho e setembro. Valores acima de 50 indicam expansão, o que significa que, com esse patamar a economia brasileira flertou com a estagnação nos últimos três meses. Esse foi o pior resultado registrado desde o segundo trimestre de 2009, quando o país começava a se recuperar da crise global.

Na avaliação do parlamentar, o desajuste do Estado contribui para que a economia cresça cada vez menos. “A conta que o Brasil vai pagar por conta desses desacertos será muito grande. Esses indicadores são de curto prazo e pequenos diante do problema que nós teremos pela frente”, ressaltou. "
O problema teve sua origem com a filosofia do governo do PT de expansão do gasto. Isso vai sufocando e reduzindo a atividade econômica e fragilizando os fundamentos da economia brasileira”, acrescentou o tucano.

Vellozo Lucas alerta para os riscos de uma crise fiscal no futuro, herança que, segundo ele, o presidente Lula deixará para o próximo presidente. “A herança será um desequilíbrio dos elementos básicos para o funcionamento da economia como a taxa de juros mais alta do planeta, o câmbio, a baixa taxa de investimentos e a alta carga tributária, que é o principal fator da redução da competitividade”, disse.

Embora o EMI já apontasse desempenho mais fraco no Brasil do que na China e na Índia, o país havia crescido acima da Rússia entre o quarto trimestre de 2008 e o primeiro deste ano. O EMI é uma versão para países emergentes do PMI (Índice de Gerentes de Compras) - indicador muito acompanhado por analistas de todo o mundo. O indicador reflete entrevistas feitas com 5.800 prestadores de serviços e empresários em 16 países emergentes. (Reportagem: Alessandra Galvão/Foto: Eduardo Lacerda)

Ouça aqui o boletim de rádio

12 de ago. de 2010

Desonestidade intelectual

Governo Lula é antiético ao distorcer dados da economia, condena Hauly

O deputado Luiz Carlos Hauly (PR) classificou nesta quinta-feira (12) como "antiética” a manipulação de dados divulgados pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre a economia brasileira. Segundo reportagem do jornal "Folha de S.Paulo", o órgão apresentou nesta semana um material com números e conceitos errados ou distorcidos para inflar as realizações do governo Lula, subestimar resultados da gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e esconder fragilidades atuais da política econômica.

Entre outros pontos, o boletim de estatísticas omite o crescimento da gestão tucana em 1995, o que fez a taxa de crescimento da renda per capita atribuída aos dois mandatos de FHC (1995-2002) despencar de 6,2% para 3,5% nos oito anos, segundo o jornal.

Como alerta a reportagem, e
m meio às centenas de dados citados no boletim de 136 páginas, há desde informações negadas pelos próprios gráficos que as ilustram até erros de cálculo que, curiosamente, favorecem o governo. Como se não bastasse, foram usados critérios que ajudam a potencializar resultados, como comparar a evolução do salário mínimo usando dólar como referência.

Para Hauly, é "inacreditável" a capacidade do PT de manipular os números para se beneficiar. “É lamentável o comportamento do governo Lula, de seus ministros e dos seus principais assessores. Usam a máquina estatal para manipular a opinião pública”, condenou.

O parlamentar do PSDB também afirma que o Ministério da Fazenda sempre se pautou por uma atuação técnica. Por isso, nunca deveria manipular dados econômicos. “É lamentável que eles tenham usado mentiras nessas informações. Nunca nós vimos o Ministério da Fazenda ser tão usado de maneira afrontosa e antiética como agora”, reiterou.


Ao jornal paulista, a assessoria do órgão reconheceu haver erros e impropriedades no boletim divulgado pelo ministro. Mas negou a intenção de induzir uma leitura favorável dos dados para o atual governo. (Reportagem: Artur Filho/ Foto:Eduardo Lacerda)

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