22 de jul. de 2009

Crise no Senado


Líder tucano quer punição para improbidade administrativa de ex-diretor-geral Agaciel Maia

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), apresentou nesta quarta-feira (22) um requerimento pedindo abertura de processo administrativo disciplinar contra o ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia, suspeito de inúmeras irregularidades administrativas durante gestão à frente do Senado.
No ofício, enviado à 1ª Secretaria, o parlamentar (foto) aponta as interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal durante operação Boi Barrica e denunciadas pelo jornal “O Estado de São Paulo”, que revelam prática de crime de advocacia administrativa do funcionário. Ou seja, Maia teria patrocinado interesse privado perante a adminstração pública valendo-se da qualidade de funcionário.

PGR – O senador tucano também protocolou pedido de instauração de inquérito policial à Procuradoria-Geral da República (PGR) para apurar a materialidade e autoria de crime administrativo do ex-diretor, e também para apurar as denúncias de tráfico de influência de familiares do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Nas conversas gravadas pela Polícia Federal, o filho de José Sarney, Fernando, negocia uma vaga no Senado para o namorado da neta do peemedebista, posteriormente contratado por meio de ato secreto.

A assessoria do parlamentar adiantou que Virgílio está disposto a apresentar nesta quinta (23) nova denúncia contra o presidente do Senado no Conselho de Ética da Casa por conta das denúncias ligando Sarney à prática de nepotismo. Esta será a quarta representação do tucano contra Sarney. Outra denúncia que recai sobre José Sarney diz respeito a suposto crime de desvio de dinheiro de patrocínio da Petrobras para fundação que leva seu nome.

Agaciel Maia, autor das centenas de atos administrativos mantidos em sigilo nos últimos 14 anos, foi nomeado diretor-geral em 1995 pelo então presidente do Senado, José Sarney. (da Redação, com agências)

Cooperação espacial

Professora Raquel Teixeira recebe comitiva israelense para discutir tecnologia espacial

Vice-presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT), a deputada Professora Raquel Teixeira (GO), recebeu nesta quarta-feira (22) um grupo de parlamentares israelenses para continuar os debates sobre acordo de cooperação na área de tecnologia espacial, iniciado no mês passado. A tucana esteve em Israel em junho e a meta, agora, é a organização de um seminário internacional sobre tecnologia espacial. O evento ocorrerá em outubro.



Consulados - “Há uma preocupação com o esfriamento nas discussões sobre a questão espacial. E nesse seminário vamos reunir acadêmicos, parlamentares e empresários para debatermos os avanços tecnológicos na área, especialmente no que diz respeito aos satélites”, destacou Raquel.

Ela e o presidente da Frente Parlamentar Brasil Israel, deputado Dr. Talmir (PV-SP), receberam na Câmara as deputadas Ruhama Avraham Ballila, presidente do Grupo Parlamentar Israel-Brasil e Fania Kirshenbaum, além do conselheiro da Embaixada de Israel Raphael Singer (com a parlamentar, na foto).


"É uma cooperação que pode ser extremamente produtiva na área científica e tecnológica. A ideia é, inclusive, usar satélites para a educação à distância”, disse a deputada. Junto com o ministro de Relações Exteriores, que também está no Brasil, os parlamentares anunciaram a reabertura do consulado israelense em São Paulo, fechado em 2002. Outro consulado também será criado do Rio de Janeiro.

Raquel Teixeira lembrou que se trata da primeira visita de um chanceler israelense em 22 anos, o que demonstra a intenção daquele país de fortalecer a cooperação com o Brasil.

(Reportagem: Rafael Secunho/Foto: Eduardo Lacerda).

Avaliação

Senadora tucana responsabiliza antecipação de campanha
pelas dificuldades dos trabalhos legislativos

A senadora Marisa Serrano (MS) responsabilizou o presidente Lula pela crise que abateu o Senado Federal. Para ela, o lançamento antecipado da campanha eleitoral de 2010 criou um clima de disputa política que influiu diretamente no ambiente do Senado e da Câmara, suscitando um debate que terminou colocando em conflito parlamentares da própria base aliada.


Segundo Marisa Serrano (foto), a crise no Senado teve início no momento em que o PMDB assumiu o comando do Congresso, quebrando uma tradição na qual o mesmo partido não preside as duas Casas Legislativas. “Esse fato gerou descontentamento no PT e, a partir daí, começaram a surgir denúncias e escândalos, revelando as mazelas do Congresso em níveis muito elevados”, comentou.

Faceta Chavista - Na avaliação da parlamentar, a alta popularidade de Lula gera “muita arrogância e, com isso, o Governo vem mostrando sua faceta chavista. E muitas decisões vem sendo tomadas sem a preocupação com o futuro”. E citou o aumento irracional dos gastos públicos, a concessão de benesses sem critérios, as críticas contra os órgãos fiscalizadores e o aumento generalizado da corrupção.

Pontos positivos – a senadora tucana elencou os avanços conquistados, como a nova lei de adoções, a aprovação das ZPEs de Corumbá e Ponta Porã, as medidas anticíclicas para evitar o agravamento da crise econômica, o debate sobre as leis ambientais, além de aprovação de projetos de resolução, decreto legislativo, projetos de lei do Congresso Nacional e legislação ordinária. (Foto: Eduardo Lacerda) Leia matéria na íntegra: https://www2.psdb.org.br/home/index.php