(*) Vanderlei Macris
Há menos de 9 meses para as eleições deste ano podemos sentir o que está por vir entre as tentativas do Partido dos Trabalhadores (PT) de emplacar um sucessor, ou melhor, sucessora à presidência da República.
Desde o final de 2009, quase que diariamente os meios de comunicação trazem em suas publicações relato dos mais variados discursos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante as inúmeras inaugurações de pedras fundamentais e obras inacabadas, dizendo que o Brasil está muito bem, graças a 'seu' governo. Como se a realidade de que o PT surfa em ondas produzidas pelo PSDB não existisse. São afirmações que, como bem disse o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no artigo ‘Sem medo do passado’, fazem o povo brasileiro acreditar que as obras e programas que foram continuados pelo governo petista tivessem brotado de ideias próprias a partir de 2003.Nesta mesma linha, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, bem amparada pelos marqueteiros do PT, afirmou recentemente que quer comparar "número por número, casa por casa, obra por obra" entre os governos. Agora, pergunto: comparar o quê?
Na última quarta-feira, o jornal O Globo apresentou fatos que podem responder a esta questão. Era outra vez, um presidente e uma candidata em Minas Gerais na tentativa apresentar ao povo mineiro a empatia “natural” de Dilma com seu Estado natal. Os dois foram inaugurar a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), em Teófilo Otoni. No entanto, o plano não saiu como o previsto. A caravana eleitoreira foi recebida com vaias pelos universitários. Também pudera, passados três anos de obras, a universidade não passa de um campo de lama, à qual se chega por uma rua de terra ou "trilhas de boi", na descrição do repórter Fábio Fabrini.
"Dos dez prédios, cinco ainda estão em construção e três sequer saíram do papel. (...) Em dias de chuva forte, carros e ônibus não atravessam a lama, o que tem levado ao cancelamento de aulas. No semestre passado, os alunos perderam 15 dias”, relata a matéria do jornal carioca.
Segue mais um trecho da reportagem. “A UFVJM tem 54 professores, 26 a menos que o ideal. Os estudantes de Serviço Social, por exemplo, reclamam que, para os sete períodos do curso, há sete pessoas para ensinar. Diz um aluno: Estamos voltando aos tempos de escola primária, quando tínhamos uma ‘tia’ para várias matérias."
Pergunto novamente: comparar o quê? Existem coisas na vida que não tem comparação, mas se é para comparar, vamos citar como exemplo o setor educacional no Estado de São Paulo, que desde o início do governo José Serra mais que dobrou o número de Fatecs (Faculdades de Tecnologia), de 26 para 53.
Na instituição, a formação tecnológica permite ao aluno um curso de qualidade garantida, no qual de cada 10 formandos 9 saem empregados. Uma estatística impressionante e que só gera benefícios à região onde as faculdades são implantadas. Garantia de mão de obra e profissionais de ponta às empresas e indústrias, grande passo para o desenvolvimento. As Fatecs são realidade e não discurso soltado aos ventos como ouvimos e iremos escutar nos próximos meses.












