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6 de ago. de 2010

Divulgação abandonada

Leonardo Vilela cobra do governo ações de incentivo ao uso dos genéricos

Médico e vice-líder do PSDB na Câmara, o deputado Leonardo Vilela (GO) comemorou nesta sexta-feira (6) o crescimento das vendas dos medicamentos genéricos no Brasil. No entanto, os resultados poderiam ser ainda maiores se o governo Lula não tivesse abandonado as campanhas de incentivo ao uso desse tipo de medicamento, que tem a mesma eficácia dos remédios de marca.

No primeiro semestre deste ano, o setor registrou expansão de 34,1% no volume de vendas na comparação com o mesmo período de 2009. As recomendações médicas, a propaganda boca a boca e a conjuntura econômica são alguns dos fatores que ajudaram esse crescimento, já que a divulgação oficial de ações favoráveis ao seu uso praticamente desapareceram ao longo da gestão petista.

Introduzidos no Brasil em 2001 durante o governo Fernando Henrique Cardoso, os genéricos possibilitaram uma economia significativa para as famílias brasileiras, especialmente as mais humildes. Desde então, nas farmácias de todo o país os cidadãos puderam ter acesso a medicamentos que antes eles não conseguiam comprar, inclusive os de tratamento contínuo, ou seja, contra doenças como a hipertensão. Graças à eficácia no tratamento, o sucesso desses medicamentos é mundial, mas aqui a consolidação poderia ter sido ainda mais forte.

“Os genéricos foram uma vitória da sociedade brasileira. Hoje a população paga bem menos pelos medicamentos e esse avanço poderia ter sido muito mais estimulado durante o atual governo. Se por um lado temos a boa notícia do aumento nas vendas desses remédios nos últimos meses, por outro sabemos do baixo consumo por um longo período por falta de ações federais”, afirma Vilela.
De acordo com o tucano, a expansão na compra dos genéricos nos últimos meses reflete o quanto esses remédios são importantes para a população, principalmente para as famílias de baixa renda.

Números

R$ 15 bilhões
Foi quanto os brasileiros economizaram com a compra de remédios desde 2001, quando os genéricos entraram no mercado. Essa economia fez a diferença nos orçamentos de milhares de famílias.

50%
É a diferença, na média, entre os preços dos medicamentos de referência e os genéricos, segundo a Pró-genéricos, associação dos fabricantes do setor. A entidade é a responsável pela pesquisa que aponta o reaquecimento das vendas neste ano.

R$ 115
É a disparidade de preço entre uma caixa de 28 comprimidos de 20mg do Prozac (antidepressivo), que pode custar R$ 150. O Fluoxetina, genérico do medicamento, pode ser encontrado até por R$ 35. A pesquisa foi feita pelo jornal "Correio Braziliense", que mostrou diferenças significativas também em outros casos.

Mais dinheiro no orçamento
"Os genéricos proporcionam uma economia significativa no orçamento familiar. Com eles, é possível comprometer uma parcela menor do salário na compra de remédios, permitindo ao cidadão gastar mais com educação, vestuário, lazer e outras necessidades.”
Dep. Leonardo Vilela (GO)

Ouça aqui o boletim de rádio

15 de jun. de 2010

Justiça tributária

Hauly propõe o fim dos impostos para alimentos e medicamentos

Com o objetivo de reduzir a alta carga tributária brasileira e permitir maior acesso da população a um nível de vida digno, o deputado Luiz Carlos Hauly (PR) apresentou na última semana uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que isenta a cobrança de impostos sobre alimentos e medicamentos. O fim dos impostos sobre esses produtos deve gerar, segundo o deputado, uma economia de cerca de 40% no orçamento das famílias de baixa renda.



“Minha intenção é realizar o maior programa de transferência de renda do Brasil. As famílias que ganham menos serão as mais beneficiadas”, explicou. De acordo com o tucano, se somados todos os recursos transferidos pelo programa Bolsa Família à população, o valor representaria apenas 1/3 do que a isenção de impostos de alimentos e remédios vai proporcionar. “Quando se isenta de tributos todo o tipo de comida, se tira cerca de 40% do preço final do produto. Com isso, aumenta-se o poder aquisitivo da classe trabalhadora”, defendeu.

Hauly destacou que com o fim da cobrança desses impostos os governos estadual, municipal e federal não terão perdas de recursos. Segundo ele, a tributação sobre os produtos poderá ser substituída por mais impostos para a classe mais alta da população, que hoje paga menos tributos que os mais pobres.

O deputado ressaltou que o Brasil é o país que mais tributa os pobres no mundo. Segundo ele, a proposta tem o intuito de mudar essa realidade e fazer justiça tributária. Além disso, o tucano destaca que o texto está em sintonia com a Campanha da Fraternidade realizada pela Igreja Católica e outras denominações cristãs neste ano. Durante a campanha de 2010, com o tema “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro”, foram discutidas formas de reduzir a carga tributária brasileira.

De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), as pessoas que ganham mais de 30 salários mínimos gastam 29% de sua renda com impostos. Já os que recebem até dois salários, gastam 53,9%.

(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Eduardo Lacerda)