Falta de planejamento do governo provocará nova crise na aviação, alerta Emanuel
“O país passará por um grave problema de transporte aéreo nos próximos anos por falta de planejamento. E mais do que isso: por falta de ação do atual governo”. Essa avaliação do deputado Emanuel Fernandes (SP) tem respaldo em estudo realizado pela Lafis, consultoria especializada em analisar e interpretar dados de mercado. De acordo com a empresa, há grande possibilidade de o país amargar mais um caos aéreo.
A consultoria alertou que o despreparo das companhias aéreas e a saturação dos aeroportos sinalizam um período difícil para os que pretendem viajar de avião nos próximos meses. Segundo o estudo, será difícil atender a demanda de forma adequada com a atual infraestrutura dos terminais brasileiros.
Para o deputado do PSDB, esse cenário nebuloso é resultado da falta de compromisso de médio e longo prazos por parte do governo Lula com a infraestrutura e com a própria população. “A atual gestão é extremamente populista e se preocupa apenas com o momento. Não estão se importando com as consequências que virão no futuro ocasionadas por essa omissão”, protestou o tucano.
Engenheiro aeronáutico formado pelo ITA, o parlamentar ressaltou que os aeroportos brasileiros funcionam “no limite” há alguns anos e que toda essa situação poderia ser diferente se houvesse um maior comprometimento e um planejamento mais adequado por parte do governo federal. “A falta da previsão de obras de infraestrutura para o longo prazo é um reflexo de todo esse comodismo”, reprovou Emanuel Fernandes.
O fantasma da má gestão
“O maior problema da aviação hoje não é somente a falta de infraestrutura aeroportuária, mas também a má gestão dos aeroportos.”
Presidente do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), José Márcio Mollo, em entrevista ao "Correio Braziliense"
Demanda em alta, infraestrutura em baixa
→ De acordo com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), nos cinco primeiros meses do ano a demanda por voos domésticos cresceu 29,9% e a oferta, 19,7%. Já a demanda por voos internacionais avançou 11,7%, enquanto a oferta recuou 0,4%.
→ A Lafis estima que a procura por voos domésticos no segundo semestre do ano crescerá 35,2%. No entanto, os aeroportos não estão prontos para receber tanta gente. Entre janeiro e junho deste ano, o número de passageiros chegou a 71 milhões. No mesmo período de 2009, eram 58 milhões.
(Reportagem: Renata Guimarães/ Foto: Ag. Câmara)
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11 de ago. de 2010
Caos iminente
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Fábrica de dossiês
Comissão do Senado ouvirá corregedor da Receita e ex-executivos da Previ
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou requerimento do senador Alvaro Dias (PR) para ouvir o corregedor-geral da Receita Federal, Antonio Carlos Costa D´Ávila Carvalho. O tucano quer saber como a senha da servidora do Fisco Antonia Aparecida Rodrigues Santos Neves foi usada para produzir o vazamento dos dados fiscais do vice-presidente nacional do PSDB, Eduardo Jorge. O tucano fez o convite devido à ausência da servidora na reunião desta quarta-feira (11). A audiência foi marcada para o dia 31 de agosto.
Em carta à CCJ, Antonia recusou convite para depor, negou envolvimento no episódio e reiterou que sua senha foi utilizada "indevidamente". Ela informou que só se pronunciará após a conclusão do processo administrativo sobre o caso.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou requerimento do senador Alvaro Dias (PR) para ouvir o corregedor-geral da Receita Federal, Antonio Carlos Costa D´Ávila Carvalho. O tucano quer saber como a senha da servidora do Fisco Antonia Aparecida Rodrigues Santos Neves foi usada para produzir o vazamento dos dados fiscais do vice-presidente nacional do PSDB, Eduardo Jorge. O tucano fez o convite devido à ausência da servidora na reunião desta quarta-feira (11). A audiência foi marcada para o dia 31 de agosto.
Em carta à CCJ, Antonia recusou convite para depor, negou envolvimento no episódio e reiterou que sua senha foi utilizada "indevidamente". Ela informou que só se pronunciará após a conclusão do processo administrativo sobre o caso.
Para o tucano, cabe à corregedoria da Receita dar explicações a respeito do episódio, e principalmente, apontar quem são de fato os envolvidos com a violação do sigilo. “A fábrica de dossiê instalada no governo é uma ameaça ao Estado de Direito Democrático e revela o aparelhamento do Estado brasileiro com o objetivo de espionar a vida alheia e manipular informações a fim de alvejar adversários em nome de um projeto de poder”, ressaltou Alvaro Dias.
O senador considerou justificável a ausência da servidora da Receita Federal. “É um direito dela não comparecer à reunião. Apenas oferecemos um espaço para ela se defender. Tudo indica que a servidora foi usada para acobertar pessoas mais importantes do governo que verdadeiramente são responsáveis pelo crime”, apontou.
A CCJ também aprovou requerimento da senadora Kátia Abreu (DEM-TO) que convida o ex-presidente do fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (Previ) Sergio Rosa e Gerardo Santiago, ex-gerente do fundo, para prestarem depoimentos sobre um suposto esquema de espionagem.
Em entrevista à revista “Veja”, Santiago declarou ter participado de uma força-tarefa, montada a pedido do governo federal, para elaborar um relatório alternativo à CPI Mista dos Correios. A intenção, segundo ele, era colher informações contra adversários do governo. Na reportagem, Santiago classifica a Previ como “fábrica de dossiês”.
Em entrevista à revista “Veja”, Santiago declarou ter participado de uma força-tarefa, montada a pedido do governo federal, para elaborar um relatório alternativo à CPI Mista dos Correios. A intenção, segundo ele, era colher informações contra adversários do governo. Na reportagem, Santiago classifica a Previ como “fábrica de dossiês”.
Segundo Alvaro Dias, a convocação de Santiago é de grande importância. “Não podemos nos omitir diante da utilização da estrutura da administração pública para o cometimento de crime”, argumentou.
Quem são os aloprados?
“Não basta citar que são eles os responsáveis pela elaboração de dossiês. Há fabricantes especializados nessa produção no Brasil desde 2002 e a impunidade estimula a reincidência. Qual o DNA desses aloprados? Qual a identidade deles?” Senador Alvaro Dias (PR)
(Reportagem: Letícia Bogéa/ Foto: Eduardo Lacerda)
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Pacientes excluídos
Para Marisa Serrano, situação dos doentes renais no Brasil é "alarmante"
Cerca de cem mil pessoas que sofrem de doença renal crônica deveriam fazer hemodiálise no Brasil. No entanto, segundo o Censo 2009 da Sociedade Brasileira de Nefrologia, apenas 77 mil pacientes conseguem fazer o tratamento. Estima-se que treze milhões de pessoas são acometidas pela doença no país.
A senadora Marisa Serrano (MS) considerou alarmante o número de pacientes que não têm acesso aos serviços de hemodiálise. “Essas pessoas podem morrer por falta de tratamento e isso é inaceitável”, afirmou. A tucana apresentou requerimento de informações ao Ministério da Saúde solicitando dados sobre os serviços de hemodiálise realizados pelo SUS.
A parlamentar quer saber a quantidade de pacientes que precisam do tratamento por estado e no Distrito Federal. Questiona a relação entre o número de pacientes e a quantidade de equipamentos dialíticos disponíveis e, ainda, o percentual de atendimento realizado pelo SUS, seja em rede própria, filantrópicos ou privados.
Marisa ainda pergunta quais investimentos foram ou estão sendo feitos para a criação ou a reestruturação de serviços e para a compra de equipamentos destinados à hemodiálise dentro do Projeto de Reforço à Reorganização do Sistema Único de Saúde (Reforsus). Questiona ainda o montante de investimentos previstos no último Plano Plurianual para os serviços de hemodiálise no País e também quanto foi investido nos últimos cinco anos.
“Estas informações são imprescindíveis para que se possa avaliar o atendimento e identificar as principais carências existentes e as possíveis soluções. É preciso garantir o acesso dos pacientes renais crônicos a serviços de hemodiálise de qualidade e sem conhecimento não temos como lutar em prol do tratamento digno a estas pessoas”, afirmou a tucana. (Da redação com assessoria da senadora/Foto:Eduardo Lacerda)
Cerca de cem mil pessoas que sofrem de doença renal crônica deveriam fazer hemodiálise no Brasil. No entanto, segundo o Censo 2009 da Sociedade Brasileira de Nefrologia, apenas 77 mil pacientes conseguem fazer o tratamento. Estima-se que treze milhões de pessoas são acometidas pela doença no país.
A senadora Marisa Serrano (MS) considerou alarmante o número de pacientes que não têm acesso aos serviços de hemodiálise. “Essas pessoas podem morrer por falta de tratamento e isso é inaceitável”, afirmou. A tucana apresentou requerimento de informações ao Ministério da Saúde solicitando dados sobre os serviços de hemodiálise realizados pelo SUS.
A parlamentar quer saber a quantidade de pacientes que precisam do tratamento por estado e no Distrito Federal. Questiona a relação entre o número de pacientes e a quantidade de equipamentos dialíticos disponíveis e, ainda, o percentual de atendimento realizado pelo SUS, seja em rede própria, filantrópicos ou privados.
Marisa ainda pergunta quais investimentos foram ou estão sendo feitos para a criação ou a reestruturação de serviços e para a compra de equipamentos destinados à hemodiálise dentro do Projeto de Reforço à Reorganização do Sistema Único de Saúde (Reforsus). Questiona ainda o montante de investimentos previstos no último Plano Plurianual para os serviços de hemodiálise no País e também quanto foi investido nos últimos cinco anos.
“Estas informações são imprescindíveis para que se possa avaliar o atendimento e identificar as principais carências existentes e as possíveis soluções. É preciso garantir o acesso dos pacientes renais crônicos a serviços de hemodiálise de qualidade e sem conhecimento não temos como lutar em prol do tratamento digno a estas pessoas”, afirmou a tucana. (Da redação com assessoria da senadora/Foto:Eduardo Lacerda)
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Haja embaixada!
Tucano apoia convocação de Celso Amorim para explicar ampliação de cargos no Itamaraty
O deputado Professor Ruy Pauletti (RS) condenou a atitude do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, de dobrar o número de cargos no Ministério das Relações Exteriores (MRE). Assim como o presidente do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), embaixador José Botafogo Gonçalves, Pauletti defendeu que Amorim seja convocado para explicar aos parlamentares o impacto das novas contratações.
De acordo com reportagem da revista "Isto é", Amorim pretende realizar uma mega-reestruturação no órgão, consolidada por meio de um projeto de lei prevendo a criação de 400 novos cargos de diplomatas e mais 1.065 oficiais de chancelaria. Além disso, o chanceler brasileiro trabalha para que haja reajuste de até 17,9% nos salários dos diplomatas. Atualmente, o Itamaraty gasta R$ 940 milhões com pessoal. Caso essas propostas sejam aprovadas pelo Congresso, o gasto poderá ultrapassar R$ 2 bilhões.
O parlamentar também lembrou que a gestão do ministro é questionável e sempre foi acompanhada de polêmicas. “Criar mais cargos é um absurdo por dois motivos: o Itamaraty tem uma eficiência duvidosa no cenário internacional e uma promessa dessas, em época eleitoral, significa que estão fazendo campanha”, comentou.
Como integrante da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, Pauletti acredita que a contratação de profissionais, neste momento, vai gerar um custo irreparável para o próximo governo. “É inacreditável a proposta do governo de aumentar cada vez mais funcionários e criar custos altamente desnecessários”, concluiu.
Embaixadas em toda parte
→ O aumento de salário proposto por Amorim poderá fazer com que a remuneração de um terceiro secretário, posto de entrada na carreira, passe dos atuais R$ 12.962 para R$ 15.280. Já um embaixador, que atualmente tem o salário de R$ 18.478, passará a ganhar R$ 19.451.
→ Nos últimos oito anos, o Itamaraty promoveu a abertura de 64 novas embaixadas, muitas delas em países de pouca expressividade política ou comercial, o que gerou críticas em razão de gastos desnecessários.
(Reportagem: Renata Guimarães/Foto: Eduardo Lacerda)
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O deputado Professor Ruy Pauletti (RS) condenou a atitude do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, de dobrar o número de cargos no Ministério das Relações Exteriores (MRE). Assim como o presidente do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), embaixador José Botafogo Gonçalves, Pauletti defendeu que Amorim seja convocado para explicar aos parlamentares o impacto das novas contratações.
De acordo com reportagem da revista "Isto é", Amorim pretende realizar uma mega-reestruturação no órgão, consolidada por meio de um projeto de lei prevendo a criação de 400 novos cargos de diplomatas e mais 1.065 oficiais de chancelaria. Além disso, o chanceler brasileiro trabalha para que haja reajuste de até 17,9% nos salários dos diplomatas. Atualmente, o Itamaraty gasta R$ 940 milhões com pessoal. Caso essas propostas sejam aprovadas pelo Congresso, o gasto poderá ultrapassar R$ 2 bilhões.
O parlamentar também lembrou que a gestão do ministro é questionável e sempre foi acompanhada de polêmicas. “Criar mais cargos é um absurdo por dois motivos: o Itamaraty tem uma eficiência duvidosa no cenário internacional e uma promessa dessas, em época eleitoral, significa que estão fazendo campanha”, comentou.
Como integrante da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, Pauletti acredita que a contratação de profissionais, neste momento, vai gerar um custo irreparável para o próximo governo. “É inacreditável a proposta do governo de aumentar cada vez mais funcionários e criar custos altamente desnecessários”, concluiu.
Embaixadas em toda parte
→ O aumento de salário proposto por Amorim poderá fazer com que a remuneração de um terceiro secretário, posto de entrada na carreira, passe dos atuais R$ 12.962 para R$ 15.280. Já um embaixador, que atualmente tem o salário de R$ 18.478, passará a ganhar R$ 19.451.
→ Nos últimos oito anos, o Itamaraty promoveu a abertura de 64 novas embaixadas, muitas delas em países de pouca expressividade política ou comercial, o que gerou críticas em razão de gastos desnecessários.
(Reportagem: Renata Guimarães/Foto: Eduardo Lacerda)
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Economia
Níura Demarchi: impostos tiram das empresas dinheiro para investimentos
A senadora Níura Demarchi (SC) disse, em discurso nesta terça-feira (10), que em apenas cinco meses deste ano o contribuinte brasileiro pagou R$ 500 bilhões de impostos federais, estaduais e municipais. A "sanha arrecadatória", segundo a parlamentar, inibe a poupança da população e os investimentos da iniciativa privada.
O pior, conforme a parlamentar, é que não há contrapartida em termos de serviços públicos oferecidos à população, "pois todos conhecemos a precariedade da educação, da assistência à saúde, da segurança pública e do saneamento".
A arrecadação deste ano, de acordo com a senadora, deve chegar a 34,7% do Produto Interno Bruto (PIB), um ponto percentual a mais do que o montante do ano passado. O fato demonstra, na avaliação de Niúra, que o Brasil arrecada como um país desenvolvido, mas oferece aos seus cidadãos serviços públicos com padrão de terceiro mundo.
O crescimento da carga tributária, como explicou a senadora, coincidiu com a centralização de recursos na União, que em 1950 ficava com a metade do bolo tributário nacional e hoje detém cerca de 70%. Os estados ficam com 25% e os municípios, nas palavras da parlamentar, "com as sobras", ou seja, menos de 5% do total arrecadado.
A centralização, acrescentou, além de sufocar financeiramente os municípios, traz um efeito colateral: impede o planejamento de médio e longo prazos. Segundo ela, os recursos eventualmente obtidos por meio de transferências voluntárias quase sempre se destinam a obras fragmentadas e nem sempre planejadas, "com baixo impacto no desenvolvimento regional".
(Texto e foto: Ag. Senado)
A senadora Níura Demarchi (SC) disse, em discurso nesta terça-feira (10), que em apenas cinco meses deste ano o contribuinte brasileiro pagou R$ 500 bilhões de impostos federais, estaduais e municipais. A "sanha arrecadatória", segundo a parlamentar, inibe a poupança da população e os investimentos da iniciativa privada.
O pior, conforme a parlamentar, é que não há contrapartida em termos de serviços públicos oferecidos à população, "pois todos conhecemos a precariedade da educação, da assistência à saúde, da segurança pública e do saneamento".
A arrecadação deste ano, de acordo com a senadora, deve chegar a 34,7% do Produto Interno Bruto (PIB), um ponto percentual a mais do que o montante do ano passado. O fato demonstra, na avaliação de Niúra, que o Brasil arrecada como um país desenvolvido, mas oferece aos seus cidadãos serviços públicos com padrão de terceiro mundo.
O crescimento da carga tributária, como explicou a senadora, coincidiu com a centralização de recursos na União, que em 1950 ficava com a metade do bolo tributário nacional e hoje detém cerca de 70%. Os estados ficam com 25% e os municípios, nas palavras da parlamentar, "com as sobras", ou seja, menos de 5% do total arrecadado.
A centralização, acrescentou, além de sufocar financeiramente os municípios, traz um efeito colateral: impede o planejamento de médio e longo prazos. Segundo ela, os recursos eventualmente obtidos por meio de transferências voluntárias quase sempre se destinam a obras fragmentadas e nem sempre planejadas, "com baixo impacto no desenvolvimento regional".
(Texto e foto: Ag. Senado)
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