26 de mar. de 2010

Mais óbitos

Para tucanos, governos são negligentes ao tratar gripe A

Preocupados com o elevado número de mortes no país e, em especial, no Pará, provocados pela gripe A (H1N1), os deputados Zenaldo Coutinho (PA) e Raimundo Gomes de Matos (CE) cobraram, nesta sexta-feira (26), medidas mais eficientes dos governos estadual e federal para combater a doença. De acordo com levantamento feito pelo portal G1, o Brasil já registrou 45 óbitos provocados pela nova doença neste ano. O Pará, estado com maior número de vítimas, registrou 22 mortes desde janeiro deste ano.

Omissão - Zenaldo lamentou que, em seu estado, as vacinas estejam sendo racionadas nas unidades de saúde. “Até as pessoas que tem a recomendação de urgência, não estão tendo acesso às vacinas. A última morta foi uma moça de 17 anos que estava grávida. É lamentável que estejamos perdendo tantas vidas pela negligência, omissão e incompetência do governo do Pará”, disse.

O Ministério da Saúde vem aplicando as vacinas gratuitamente, desde o último dia 8 de março. Porém, o orgão decidiu restringir o público que irá recebê-la, priorizando grupos que sofrem maior risco. A partir de 22 de março, será a vez de gestantes, doentes crônicos e crianças de seis meses a dois anos. Depois, a partir de 5 de abril, adultos de 20 a 29 anos irão receber a dose.

Para o tucano, a vacina deveria ser para toda a população e de imediato. “Essa discriminação por idade é decorrente de um levantamento onde o governo se deparou com os números de que a maior parte de vítimas que chegaram a óbitos foram daquelas idade. Isso não anula a possibilidade de pessoas de outras faixas etárias serem vítimas”, apontou.

Já Gomes de Matos destacou que mais uma vez o governo federal demonstra sua incapacidade gerencial e falta de compromisso com as políticas públicas na área de saúde. “O presidente faz cortesia com outros países e não vê as vulnerabilidades que existem no Brasil. Devemos ter solidariedade internacional, mas, principalmente, com o povo brasileiro. E isso falta nesse governo”, concluiu. (Reportagem: Letícia Bogéa/Fotos: Eduardo Lacerda)

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