20 de jul. de 2010

Caso Lina Vieira

PSDB defende mais investigação sobre encontro entre ex-secretária da Receita e candidata do PT

Diante das novas informações trazidas pela revista “Veja” desta semana, o PSDB anunciou que entrará com representação na Procuradoria-Geral da República pedindo abertura de investigação sobre o caso Lina Vieira. O partido quer obter o material do circuito interno do Palácio do Planalto em que constariam imagens de um encontro, supostamente ocorrido em novembro de 2008, entre a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira e a então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, hoje candidata do PT à Presidência.

Na reportagem da revista, o ex-funcionário de uma empresa prestadora de serviços ao Palácio do Planalto Demetrius Felinto afirma que as imagens provando a realização do encontro existem e estão armazenadas num computador em poder do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.

O senador Alvaro Dias (PR) disse que as acusações são sérias e defendeu mais investigações. “Ele alega que armaram um circo na Casa Civil para esconder a realidade. A acusação é muito grave. Há que se investigar se as imagens existem, se estão sob guarda do próprio denunciante e quem é o responsável pelo desaparecimento delas”, destacou.

Segundo o tucano, o partido não pode se omitir diante desses indícios graves. “Não podemos ficar omissos diante de fatos graves que envolvem uma candidata à Presidencia da República que, enquanto ministra, estava interferindo em assuntos da Receita Federal”, apontou.

Demetrius, que hoje trabalha numa empresa prestadora de serviços ao Senado, já havia mandado e-mail a Alvaro Dias, em dezembro de 2009, quando relatou o caso. “Em respeito ao denunciante não entramos com uma ação antes. Ele recuou e não sustentou o que havia transmitido por e-mail. Agora ele voltou a reafirmar a denúncia”, destacou o parlamentar.

Nessa reunião, segundo a versão de Lina, a ex-ministra teria pedido a ela para que interferisse numa investigação da Receita sobre a família do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

A frase
“Precisamos saber se as imagens existem ou se foram apagadas. Precisamos provar que marginais da política continuam operando no subterrâneo”.
Senador Alvaro Dias.
(Reportagem: Alessandra Galvão/Foto: Eduardo Lacerda)

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