23 de jul. de 2010

Renda concentrada

Tucano lamenta elevada desigualdade social no país

A falta de políticas públicas e de um programa de qualificação na área social foram apontadas pelo deputado Raimundo Gomes de Matos (CE) nesta sexta-feira (23) como razões para a elevada desigualdade no Brasil. Segundo relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o país tem o 3º pior índice de distribuição de renda no mundo.

Na avaliação do tucano, o governo falha ao tentar reduzir a pobreza no país. Para o deputado, o programa Bolsa Família não produz sozinho inclusão e nem uma melhor distribuição de renda. "Transferir recurso como o Bolsa Família sem ter um programa de qualificação, gera o que a pesquisa mostra. Não há, como o presidente diz, uma melhoria na distribuição de renda", ressaltou.

No Brasil, o índice de Gini, que mede a desigualdade, é 0,56. Quanto mais perto de 1, mais desigual é o país. Na região, os países onde há menor concentração de renda são Costa Rica, Argentina, Venezuela e Uruguai, com Gini inferior a 0,49. Na média, segundo o Pnud, o índice da América Latina e do Caribe é 36% maior que o dos países do leste asiático e 18% maior que o da África Subsaariana.

O parlamentar também criticou o governo por não dar a atenção necessária à pré-infância e nem apoio aos municípios para colocar crianças de até seis anos nas escolas. "Estamos formando gerações que não terão capacidade de competir internacionalmente por falta de uma base educacional. Não adianta criar vagas no nível superior se o investimento na pré-infância é pífio", disse.

Segundo a ONU, o baixo nível educacional é um dos fatores que mais dificultam a melhoria social na região. Para o deputado, a educação tem forte influência. "É preciso mais investimento na área educacional a partir da base para que possamos ter resultados mais positivos e melhorarmos os nossos indicadores sociais", concluiu. (Reportagem: Letícia Bogéa/ Foto: Eduardo Lacerda)

Um comentário:

ACARAUJO disse...

Prezado Senhor Deputado Raimundo Gomes de Matos,

Não há como desvincular este fato do governo Lulla/PT e conseqüentemente da candidata da oposição. São 8 anos jogados fora e nada mudou. Estes números precisam ser mostrados no horário político pra desmascarar o pretensioso presidente candidato a uma vaga em algum elevado cargo da ONU (será?).

Isto quem está falando e mostrando para todo mundo que tem acesso à informação é a ONU e não políticos da oposição. São fatos incontestes e a população acredita muito nisto, pois a ONU é um organismo internacional de grande difusão e reconhecida credibilidade mundial, em qualquer rincão do planeta. Por tanto o único meio de fazer chegar aos eleitores de baixa renda e desprovidos de interesses em jornais e TV/rádio será o horário gratuito de TV, quando boa parte da população se interessa pelo assunto.

Aí o Petismo/Lulismo/Dilmelancolia não terá argumentos pra discutir e negativar, perante a opinião pública, a proposta do nosso candidato Serra de que o investimento na educação e principalmente na educação que transforma em emprego imediato é essencial para melhorar estes indicadores, como é o caso dos cursos profissionalizantes e de nível técnico através da criação do PROTEC, análogo do PROUNI.

Abraços e bom dia!

Antônio Carlos de Araújo