23 de jul. de 2009

Rombo na Previdência

O deputado Luiz Carlos Hauly (PR) comentou nesta quinta-feira (23) o déficit do INSS anunciado esta semana pelo Ministério da Previdência Social.

Nos seis primeiros meses de 2009, o valor subiu 10,7% em comparação com o primeiro semestre de 2008. O débito chegou a R$ 21, 5 bilhões este ano contra R$ 19,4 bilhões alcançados no ano passado. Em contra-partida, a arrecadação líquida do INSS, subiu 5,4% em comparação com 2008, chegando a R$ 82,9 bi.

“É estranho que mesmo com o crescimento da arrecadação líquida esse déficit do INSS tenha subido. O governo possui dinheiro em caixa e tem como cobrir esse rombo. A arrecadação da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e do tributo sobre a movimentação de mercadorias que é a Cofins são destinados a financiar a seguridade social”, destacou o deputado.

O problema é antigo: o que se arrecada com os trabalhadores da ativa já não é suficiente para pagar todas as pensões, benefícios e aposentadorias do INSS. E as despesas aumentam cada vez mais. Para esse ano, governo espera ter uma arrecadação líquida do INSS de R$ 182,2 bilhões. (Reportagem: Rafael Secunho/Foto:Eduardo Lacerda)

2 comentários:

Unknown disse...

As soluções do déficit da previdência, em passado recente, foram largamente alardeadas pelo Ministério da Previdência Social, sobretudo durante o Governo Lula. Neste interregno, a autoridade de plantão foi pródiga em procurar demonstrar que havia encontrado o equacionamento completo desse problema, propalado por mais de um de seus Ministros como possibilidade embutida em seus planos de ação ou respaldada como tendências episódicas dos períodos de recuperação do emprego.
Contudo, no dia a dia e no ano a ano da gestão, a versão das promessas ou dos indícios projetados pelos números esbarraram ainda na evolução dos fatos - por si sós bastante veementes -, alicerçando o entendimento de que não há como abrir mão de outras fontes de receitas da seguridade social, que não aquelas resultantes das contribuições ordinárias, para o financiamento da previdência do regime geral.
O futuro pode indicar outras opções mais criativas (e ousadas), mas por enquanto essa é a verdade, a despeito dos ganhos fortuitos de arrecadação que o esforço da fiscalização possa produzir sobre as receitas ou do peso do atendimento das demandas judiciais, no campo das despesas.
Gerson José

mike osoviskh disse...

Caro Blog.


Já fui um petista (não petralha) e ouvi o termo bomba relógio em uma reunião do partido dos trabalhadores em Santo André. Se não me engano, o Dr. Newton da Costa Brandão venceu as eleições naquele ano e alguns petistas que tinham feito parte do alto escalão da prefeitura usaram o termo para designar debitos que haviam sido contraidos ou rolados, cuja cobrança cairia na próxima gestão, inviabilizando assim muitos dos trabalhos e emperrando a maquina pública. O pt não tem apreço real pelo povo. preocupa-se apenas com o poder. Podem estar realizando agora o mesmo jogo. Este ano o PSDB tem a obrigação de fiscalizar com rigor ainda maior as contas publicas.