13 de jan. de 2010

Promiscuidade

Reforma agrária não avança por ineficiência e promiscuidade, acusa Zenaldo Coutinho

O deputado Zenaldo Coutinho (PA) responsabilizou o governo federal e militantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) pelo tímido avanço na reforma agrária no país. Segundo o tucano, os problemas na distribuição de terra e o pequeno emprego de tecnologia no campo revelam a falta de compromisso de Lula e sua equipe com os trabalhadores rurais.

“Essas invasões são fruto da situação estabelecida: por um lado, a ineficiência do governo e por outro a promiscuidade com os recursos públicos e falta de ética dos militantes”, criticou o parlamentar. No último fim de semana, integrantes da Federação dos Empregados Rurais Assalariados de São Paulo (Feraesp) invadiram fazendas no interior paulista e acamparam em duas rodovias do estado.

Dados do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) revelaram que os dois governos de Fernando Henrique Cardoso fizeram mais pela reforma agrária que o governo Lula. O levantamento revelou que nos últimos sete anos (governo Lula) apenas 3,4 milhões de hectares de fazendas foram desapropriadas no país. No governo FHC, 10,2 milhões de hectares foram utilizados para assentar famílias de agricultores.

Vandalismo - Para o tucano, a reforma agrária não avançou nos últimos por que ao mesmo tempo em que o governo não coloca nenhuma ação em prática, os movimentos sociais se aliam a ele e ainda agem com vandalismo para buscar visibilidade. “Tão grave quanto essa promiscuidade do governo ao repassar recursos a militantes de movimentos sem terra, é a falta de moral dos próprios movimentos que têm usado de violência ao depredar patrimônios e agredir pessoas”, afirmou.

“Enquanto houver negligência e omissão governamental diante do problema ele não acabará”, completou. (Reportagem: do Diário Tucano, Djan Moreno / Foto: Du Lacerda)

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