O deputado Renato Amary (SP) condenou nesta quarta-feira (17) a postura do governo federal diante de invasões de terra promovidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). Sob o comando do líder dissidente José Rainha Júnior, os militantes atingiram 70 fazendas em São Paulo na mobilização apelidada de "Carnaval Vermelho". Na avaliação do parlamentar, o Planalto tem uma postura de omissão e de irresponsabilidade diante desses atos.
Repasses milionários - “O governo Lula é responsável por essas invasões, ao destinar recursos via ONGs para que o MST tenha dinheiro e equipamentos para promover invasões e destruir propriedades. O movimento aproveitou o carnaval para fazer a folia da invasão”, criticou Amary.
Em apenas cinco anos, a gestão petista repassou R$ 115 milhões a entidades ligadas aos sem-terra. Investigar o uso desse dinheiro é uma das principais linhas de atuação da CPI do MST, que acabou de iniciar os trabalhos no Congresso.
Na avaliação do deputado, o governo não cumpre a determinação constitucional em relação ao direito de propriedade. “Temos que cumprir e respeitar as determinações legais em relação às propriedades privadas. O próprio presidente da República e o ministro da Justiça deveriam pressionar para deter o avanço de invasões, mas lamentavelmente isso não acontece”, apontou.
A estratégia do líder dissidente é de acampar fora dos limites da propriedade para não ser enquadrado na lei federal que impede a desapropriação de fazendas invadidas. A estratégia, contudo, não foi observada pelos seguidores em pelo menos seis fazendas, que acabaram invadidas. No carnaval de 2009, 20 fazendas paulistas também foram ocupadas pelo MST. (Reportagem: Alessandra Galvão com informações do jornal "O Estado de S. Paulo"/ Foto: Eduardo Lacerda)
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