O deputado Zenaldo Coutinho (PA) lamentou, nesta segunda-feira (31), que o Brasil seja um dos países que mais cobra impostos no mundo e, ao mesmo tempo, um dos piores na prestação de serviços. A revista Veja mostrou que existem atualmente 83 tributos, taxas e contribuições no Brasil, o que consome em média 40% da remuneração da população.
Para diminuir essa carga tributária exagerada, o tucano recomendou a redução dos gastos de custeio, uma melhor utilização dos recursos já existentes e a punição dos envolvidos em corrupção. “Se fizermos essas três ações permanentes, teremos condição de diminuir os impostos no país”, ressaltou, ao lembrar que Dilma Rousseff ainda defende a criação de mais um novo tributo: a Contribuição Social para a Saúde (CSS) para substituir a antiga CPMF.
“Estamos num momento em que os brasileiros precisam debater o futuro. Espero que a carga tributária esteja na pauta das eleições para que todos façam uma reflexão sobre o absurdo dos desvios e da alta carga tributária no país”, afirmou.
Zenaldo destacou que o pré-candidato tucano à Presidência, José Serra, em debate na Confederação Nacional da Indústria (CNI), na semana passada, defendeu a reforma tributária e a redução de boa parte dos tributos atuais. De acordo com o tucano, os impostos exagerados inibem o desenvolvimento do país.
“Ou se faz uma redução urgente da carga tributária ou ficaremos andando a passos de tartaruga enquanto os outros países se desenvolvem. A redução de impostos deveria ser uma questão prioritária para o bem da economia brasileira, dos empregos e da geração de renda”, concluiu
Tributos representam 35% do PIB
→ De acordo com dados do Impostômetro, uma calculadora eletrônica desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) para a Associação Comercial de São Paulo, os brasileiros pagaram R$ 1,1 trilhão em impostos em 2009. Isso representa 35% do Produto Interno Bruto (PIB). Em nenhum outro país emergente, com a renda per capita igual ou menor que o Brasil, o peso dos tributos é tão grande. Na Índia, por exemplo, o índice é de 17,7%.
(Reportagem: Letícia Bogéa/ Foto: Eduardo Lacerda)
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