Parlamentares do PSDB comemoraram a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição que amplia a licença-maternidade de 120 para 180 dias. Dada a grande relevância social do tema, a PEC passou por unanimidade no plenário do Senado na última terça-feira (3), em segundo turno. De autoria da senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN), a matéria foi aprovada por 62 votos a favor e nenhum contrário. O texto, que terá ainda de ser apreciado na Câmara, pode ser anexado a uma proposta da deputada Ângela Portela (PT-RR) pronta para votação em plenário.
A deputada Rita Camata (ES) também comemorou a aprovação da proposta e destacou que uma futura lei nesse sentido trará igualdade entre as trabalhadoras. “A aplicação dessa emenda proporcionará isonomia, pois atualmente as funcionárias públicas federais da maioria dos estados já têm 180 dias. As demais ficaram sem essa conquista, que é essencial para todas”, afirmou.

Em seu relatório aprovado em comissão especial da Câmara em fevereiro último, Rita Camata considerou fundamental o aumento de cinco para sete meses da proibição de dispensa arbitrária ou sem justa causa após o parto ou depois da adoção ou obtenção de guarda judicial. Além disso, o parecer beneficia, também, as mães adotivas e aquelas que contribuem com o INSS. O substitutivo prevê que os gastos adicionais com a ampliação da licença serão de R$ 1,6 bilhão ao ano, o que representa menos de 1% do total das despesas com todos os benefícios da Previdência.
Hoje o alcance é restrito
→ Atualmente, a licença-maternidade já pode ser estendida para seis meses no caso das empresas que aderirem ao Programa Empresa Cidadã, criado pela Lei 11.770/08. O governo federal e alguns governos estaduais também estenderam o período para seis meses.
(Reportagem: Renata Guimarães / Fotos: Eduardo Lacerda e Ag. Senado)
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