15 de dez. de 2009

Meio ambiente

COP 15 precisa mudar de rumo para obter bons resultados, diz Thame

Da Dinamarca, onde participa da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, o deputado Antonio Carlos Mendes Thame (SP) defendeu nesta terça-feira (15) mudança no rumo das discussões para que a conferência seja mais produtiva. “Se não houver uma alteração, o resultado ficará muito abaixo das expectativas. A COP 15 pode estar sendo um sucesso do ponto de vista da divulgação e da conscientização para a temática do meio ambiente. Mas do ponto de vista prático, da definição de metas obrigatórias, os resultados são muito fracos”, avaliou.

Sem avanços significativos - As negociações têm o objetivo principal de determinar um novo acordo para a redução de emissões de gases poluentes em pelo menos 25% até 2020. A etapa decisiva da conferência tem início amanhã (16), com a chegada de 110 chefes de Estado a Copenhague.

Até o momento, as nações não alcançaram avanços significativos nas negociações. Na delegação brasileira, nem os ministros Carlos Minc (Meio Ambiente) e Dilma Rousseff (Casa Civil) se entendem com relação aos recursos de adaptação às mudanças climáticas.


Mendes Thame voltou a criticar as metas apresentadas pelo Planalto. “O governo tem negligenciado solenemente as questões ambientais. A meta apresentada pelo presidente Lula é falsa, absurda e ofende a inteligência”, lamentou. O programa de ações voluntárias anunciado pelo Brasil tem a meta de diminuir emissões entre 36,1% e 38,9% até 2020.

Para o deputado, apenas a criação de um fundo ambiental mundial para os países pobres atingirem suas metas de redução de emissão de gases estufa não é suficiente. “O Brasil deveria tomar posições mais coerentes. A criação desse fundo é um fato isolado, quando deveria fazer parte de uma política global e consistente”, reiterou. (Reportagem: Alessandra Galvão/ Foto: Du Lacerda)

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