15 de dez. de 2009

Polêmica

Ingresso da Venezuela no Mercosul é retrocesso, alertam tucanos

Por uma diferença de apenas oito votos (35 a 27), o plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (15) o protocolo de adesão da Venezuela ao Mercosul. Durante os debates, tucanos alertaram que o ingresso do país vizinho pode desestabilizar o bloco econômico.

Mais problemas que vantagens - O resultado apertado mostra a forte polêmica no Congresso em torno desse projeto, que segue para promulgação. O texto do acordo, firmado em Caracas em 4 de julho de 2006 pelos presidentes dos países do Mercosul, ainda precisa ser aprovado pelo Congresso do Paraguai.

Durante a votação, o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), apresentou argumentos políticos e econômicos para justificar a posição contrária à adesão, como havia feito na última semana. Em sua avaliação, além de violar a cláusula democrática do Mercosul ao cercear a liberdade de imprensa, por exemplo, Hugo Chávez poderia colocar em risco um bloco "já agonizante".

"Há um fluxo de comércio muito importante entre os dois países, mas a Venezuela não precisa entrar no Mercosul para manter isso. Não precisaríamos comprar esse desgaste político", apontou Virgílio.

Presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, o senador Eduardo Azeredo (MG) avalia que a Venezuela trará ao Mercosul mais problemas que vantagens. Segundo o tucano, durante o debate na comissão ficou claro que o país vizinho não preencheu até o momento todos os requisitos técnicos para entrada no Mercosul. (Da redação com agências/Foto: Ag. Senado)

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