17 de mar. de 2010

Ética na política

PSDB quer aprovar “Ficha Limpa” ainda este semestre

Deputados do PSDB participaram na manhã desta quarta-feira (17) do ato público de entrega do relatório final do projeto “Ficha Limpa” ao presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP). Os tucanos afirmaram que a entrega oficial do substitutivo reforça o projeto, que deve ser votado em breve. O “Ficha Limpa” é um projeto de iniciativa popular e recebeu mais de 1,5 milhão de assinaturas.

O líder do PSDB, deputado João Almeida (BA), elogiou o empenho do grupo de trabalho que analisou o texto inicial e afirmou que tentará levar o projeto ainda este semestre ao Plenário. “Acredito que poderemos votá-lo em breve no plenário na Câmara e no Senado para que ele já seja aplicado nas próximas eleições”, afirmou. Para valer nas eleições de outubro, o projeto Ficha Limpa terá de ser aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente da República até junho, época das convenções eleitorais.


Integrante do grupo de trabalho que analisou a proposta, a deputada Rita
Camata (ES), reforçou o apoio à matéria que “fortalece a democracia no país”. Avaliação semelhante tem o deputado Luiz Carlos Hauly (PR), para quem a proposta é um desejo de toda a população brasileira. “A nação deseja um projeto de ficha limpa para afastar da vida pública todos com problemas na justiça. É necessário que tenhamos na política pessoas limpas e que as novas regras tenham efeito ainda nessa eleição”, disse.

O deputado José Carlos Stangarlini (SP), reforçou o coro a favor do projeto. “Não podemos mais permitir que homens sem ética e dignidade sejam representantes do povo”, ressaltou. Outros parlamentares participaram do ato, que contou com a presença dos tucanos Marcelo Itagiba (RJ), Raimundo Gomes de Mattos (CE) e Gustavo Fruet (PR).

Na prática, o PL pretende criar critérios mais rígidos para quem quer se candidatar a cargo eletivo, exigindo que os interessados não tenham sido condenados por crimes graves, como estupro, desvio de verbas públicas e racismo. Pelo texto aprovado, o registro da candidatura será negado se houver condenação em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado. O projeto original estabelecia a inelegibilidade já a partir de condenação em primeira instância. (Reportagem: Alessandra Galvão/Foto: Eduardo Lacerda)

Nenhum comentário: