29 de abr. de 2010

Balanço negativo II

Duarte: sob Lula, país desperdiçou oportunidade de desenvolvimento


Ao longo do governo Lula, o Brasil perdeu a oportunidade de crescer mais e de melhorar a qualidade de vida dos brasileiros e os investimentos sociais. A avaliação é do deputado Duarte Nogueira (SP), vice-líder do PSDB, que criticou a falta de empenho, de ações e de projetos para o país na atual gestão. De acordo com o tucano, muito ainda precisa ser feito, e o futuro deve começar a ser pensado agora. No discurso, Duarte fez um balanço negativo de ações do governo do PT em setores como educação, saúde e gestão pública. Veja abaixo um resumo:

Educação atrasada: esse é um dos setores mais problemáticos do país, segundo o deputado. Entre 133 países avaliados pelo Fórum Econômico Mundial, o Brasil ocupa apenas 103º lugar, com o 10º pior desempenho em matemática. "Estamos bem distantes das nações que mais investem em educação e que exibem níveis de crescimento sustentável bem melhores do que o nosso”, comparou.

Duarte também fez um paralelo do contraste entre o atual governo e a gestão tucana em SP. Só neste ano, o Palácio dos Bandeirantes investirá R$ 140 milhões para oferecer 60 mil vagas em cursos gratuitos do Programa Estadual de Qualificação Profissional. Também haverá, até o final do ano, 100 mil novos alunos matriculados no ensino técnico, totalizando 177 mil vagas. Como destacou, as metas estabelecidas pelo governo paulista foram cumpridas. "Enquanto isso, o atual governo se vangloria de ter criado três instituições federais de ensino superior em oito anos, sendo que muitas delas sequer saíram do papel”, ressaltou.

Gastos públicos em alta: o desequilíbrio das contas públicas e os gastos desenfreados do governo colocam a economia em risco. “Não se pode gastar mais do que se arrecada. O que vemos atualmente é um governo que gasta cada vez mais sem que isso signifique melhora nos serviços prestados ao cidadão”, lamentou.

Duarte alertou ainda para o "show de propaganda" e de ilusionismo do governo para impulsionar a candidatura de Dilma à Presidência. “Já é possível termos pistas de como seria um eventual governo da candidata petista. O Estado forte e aparelhado, ao qual se referiu a ex-ministra, é uma máquina pública ainda mais inchada. Isso vai contra os interesses do cidadão”, avisou. Este processo de expansão já marcou o governo Lula. Em 2003, havia 884 mil servidores federais. Hoje esse número ultrapassa 1 milhão.

Saúde sem gestão: o maior problema é a falta de gestão, segundo Nogueira. "Se triplicarmos o orçamento do setor, ainda assim os hospitais continuarão lotados com pacientes esperando meses por um exame ou cirurgia. O governo tenta sensibilizar o Congresso para recriar a CPMF, o imposto do cheque, sob o argumento de melhorar a saúde, mas não se avança na área”, criticou.

PAC, a promessa: “Mesmo com a baixa execução do PAC, o governo lançou o PAC 2, que é uma promessa para alimentar esperança no eleitorado e criar a ilusão de que as coisas estão sendo feitas. Este não é um governo que trabalha com resultados, mas que joga com perspectivas." Para o deputado, este é o governo das promessas, mas que não faz o mínimo de esforço no presente. "Ao cidadão caberá a conta de anos de muitos discursos e pouca ação. Há muito a ser feito, pois os esforços têm ficado muito aquém da necessidade", reforçou. Segundo dados da assessoria técnica do PSDB, do Orçamento da União de 2009 foram executados somente 44,7% do Orçamento do PAC. Neste ano, o percentual é de apenas 2,8%.

A frase:
Se o governo Lula priorizasse a educação, a segurança pública, as ações sociais, se alavancasse a nossa indústria, a agricultura e os serviços, o volume de empregos gerados e de crescimento do país seriam muito maiores".
Deputado Duarte Nogueira (SP)

(Reportagem: Letícia Bogéa/ Foto: Edson Santos)

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