29 de abr. de 2010

Inconsistência

Em visita ao TCU, Macris constata que relatório do trem-bala não tem prazo

O deputado Vanderlei Macris (SP) se encontrou, nesta quarta-feira (28), com o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nardes e ouviu dele que o projeto do Trem de Alta Velocidade (TAV) ainda não tem prazo para ser relatado. Nardes explicou ao tucano os processos de tramitação do tribunal e informou que na última segunda-feira (26) recebeu mais documentos para serem analisados.

Segundo o ministro, há pontos “inconsistentes” no projeto e que precisam de análise criteriosa. Questionado por Macris se o governo federal pode lançar a licitação sem a avaliação do TCU, Nardes respondeu que sim, mas que ao mesmo tempo o governo “perderia a credibilidade” sobre o trem rápido caso isso aconteça

Presidente da subcomissão especial para acompanhamento do TAV, o tucano frisou que o colegiado continuará seu trabalho mesmo sem o relatório do TCU. Ontem mesmo os deputados aprovaram o roteiro de trabalho da subcomissão. “Continuaremos trabalhando com as informações já expostas. Também vamos pedir o parecer técnico do tribunal, que já está pronto, para conhecermos melhor o conteúdo do projeto”, explicou Macris.

O TAV teria 516 km de extensão, interligando as cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas. O governo federal pretendia publicar o edital em maio, realizando o leilão entre julho e agosto deste ano. Mas a concorrência só deve sair mesmo no segundo semestre, já que o Planalto resolveu ampliar o prazo para entrega das propostas dos interessados, tendo como justificativa a “complexidade da obra”. (Da assessoria do deputado/Foto: Eduardo Lacerda)

Custo
→ A expectativa é que a nova ferrovia comece a ser construída ainda este ano. Com custo estimado de R$ 35 bilhões, as obras devem ser concluídas em um prazo máximo de cinco anos. Do orçamento total para a construção do TAV, o Tesouro Nacional emprestaria até 60%, por meio do BNDES.

Disputa
→ Dos sete países que demonstraram interesse no projeto do trem (Japão, China, Alemanha, Itália, Espanha, Coreia e França), os investidores asiáticos são os que mais têm se empenhado para tirar do papel o novo meio de transporte.

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