8 de abr. de 2010

Cadê?

Plano de banda larga: Semeghini cobra definição do Planalto

Em audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia para discutir o Plano Nacional de Banda Larga, o deputado Julio Semeghini (SP) voltou a criticar nesta quinta-feira (8) o governo federal por não ter apresentado até hoje um proposta concreta que permita a ampliação do acesso à internet em alta velocidade. “Espero que o governo defina isso o mais rápido possível para que as pessoas possam usufruir de um acesso à internet melhor e mais barato”, cobrou o tucano, 1º vice-presidente da comissão.

Pendências - De acordo com o tucano, é preciso primeiro que o Planalto defina a cobertura do plano, a velocidade ideal de banda e as metas de custo para que se torne acessível a todos os brasileiros. “É importante decidir também o marco regulatório para regulamentar o uso de novas frequências e tecnologias avançadas para que se alcance as metas de universalização, qualidade e preço”, propôs.

Em relação a tentativa do governo de recriar a Telebrás, o tucano disse que ao invés do governo discutir o plano, preferiu debater a necessidade ou não de reativar a estatal sem sequer saber qual seria o seu projeto. “O brasileiro não quer mais uma empresa pública, mas sim banda larga com qualidade e preço acessível. Infelizmente, mais uma vez, o governo atropelou e quis começar criando a empresa antes de discutir o plano”, condenou.

Semeghini acredita que isso pode até ser feito caso não seja apenas para servir de cabide de emprego. “Se há necessidade de atribuir um papel para Telebrás para que ela implemente o plano de banda larga, é razoável que o faça. Mas o que causou toda essa polêmica é a vontade do governo em criar emprego público para colocar seus indicados políticos. Isso acabou distorcendo o debate”, ressaltou.

Por fim, o tucano destacou a importância de levar o acesso à banda larga às escolas públicas, mas afirmou que só isso não é suficiente. “É necessário colocar infraestrutura de rede e capacitar os professores para preparar melhor os alunos para que eles também sejam alfabetizados digitalmente”, defendeu.

Participaram do debate o superintendente de Serviço Privado da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, o presidente da Associação Brasileira de Internet (Abranet), o gerente de infraestrutura da Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas, o presidente da Associação Nacional para Inclusão Digital e o diretor-presidente do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).

Na reunião, o deputado convidou o coordenador do Programa de Inclusão Digital da Presidência da República, César Alvarez, para que possa vir à Câmara fazer a apresentação do projeto. (Reportagem: Letícia Bogéa/ Foto: Eduardo Lacerda)

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