8 de abr. de 2010

Desvios milionários

Em novo escândalo, "aloprado" do PT volta à cadeia

Os nomes petistas envolvidos em antigos escândalos voltam à cena, agora em esquema de desvio de recursos da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), deflagrado pela Polícia Federal e pela Controladoria Geral da União. A investigação aponta um desfalque de R$ 200 milhões.

Corrupção recorrente - A operação levou à prisão, entre outros, o empresário Valdebran Padilha e o tesoureiro do PMDB de Mato Grosso, Carlos Roberto Miranda, num total de 31 detidos. Ex-tesoureiro do PT, Padilha é apontado como um dos principais envolvidos no esquema e já pode ser considerado com um freqüentador assíduo de delegacias. O petista foi detido em setembro de 2006, envolvido na compra e venda de um falso dossiê contra o então candidato Geraldo Alckmin, no que ficou internacionalmente conhecido como o “escândalo dos aloprados”.

Para o senador Alvaro Dias (PR), a corrupção é recorrente entre petistas. “A bandeira da ética foi rasgada e jogada no lixo. Depois do escândalo da mala de dinheiro, que não aconteceu nada, só se poderia esperar por reincidência. Os envolvidos são reincidentes estimulados pela impunidade”, lamenta. Segundo o senador, o PT adotou um modelo “delubiano, transformando seus tesoureiros em verdadeiros especialistas de falcatruas”.

O líder do PSDB na Câmara, deputado João Almeida (BA), espera que a cadeia também seja o destino de João Vaccari Neto, tesoureiro do PT suspeito de comandar esquema de desvio de verbas da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo). "As irregularidades já se tornaram uma característica dos tesoureiros do PT. Espero que a Polícia Federal prossiga com sua missão e coloque essa turma toda de volta na cadeia", declarou. "Os sucessivos envolvimentos dos responsáveis pelas finanças deste partido nesses casos são até esperados", completou. No caso da Bancoop, a suspeita é de que R$ 100 milhões foram desviados “para irrigar o caixa dois” de campanhas do PT.

Na verdade, Valdebran não é o único aloprado de volta à mídia. Neste domingo, Hamilton Lacerda já estampara as páginas de denúncia da Folha de S. Paulo. Como revela a reportagem, Lacerda saiu de assessor do senador Aloizio Mercadante (PT), com salário de R$ 5 mil, para aventurar-se como proprietário de uma fazenda com capital social de R$ 1,5 milhão no sul da Bahia, valor incompatível com seus proventos.

O valor da propriedade coincide com o da maleta milionária aprendida na compra do falso dossiê: R$ 1,7 milhão, lembra o jornal. Apesar de ser um mistério, a tentativa de se descobrir a origem dos recursos caminha para cair no esquecimento. De acordo com o jornal O Globo de hoje, o procurador da República Mário Lúcio Avelar, responsável pelas investigações do escândalo dos aloprados, admite encerrar o caso sem conseguir chegar à origem do montante. (Da redação com Ag. Tucana/ Foto: Ag. Senado)

Um comentário:

Anônimo disse...

Quer um escândalo novo, provavelmente o maior de todos os tempos?
Investigue o PRONAF.
Veja um exemplo, que o Banco do Brasil tenta de todas as formas esconder:
http://pronaf.blogspot.com