
Relatório aprovado pelo Tribunal de Contas da União identificou um desequilíbrio na distribuição de recursos do Ministério da Integração Nacional para prevenir desastres naturais. A auditoria constatou várias falhas no processo de transferência, controle e fiscalização do dinheiro. Entre 2004 e 2009, o governo aplicou R$ 360 milhões em obras de prevenção em todo país. Deste valor, o Rio de Janeiro ficou com apenas 0,65%.
Falta de bom senso - Para o deputado Otavio Leite (RJ), parte da responsabilidade pelos transtornos enfrentados pelos cariocas por causa das enchentes é do governo federal. Segundo o tucano, falta bom senso ao governo na hora de fazer os repasses de recursos aos estados e municípios para a prevenção de desastres naturais. Para Leite, é inacreditável que nos últimos anos o Rio de Janeiro tenha recebido apenas R$ 1,5 milhão para a prevenção de catástrofes naturais.
"Imaginar que o Rio só faça jus a menos de um 1% é uma achincalhe à federação, um verdadeiro absurdo. O governo federal só mostra a sua incompetência, falta de senso, de equilíbrio e de racionalidade. Isso é muito ruim", condenou. Na opinião dele, se o dinheiro tivesse chegado o Rio de Janeiro não teria tantos mortos, cerca de 20 mil desabrigados e a tanto sofrimento e transtornos para a população.
Para o deputado Vanderlei Macris (SP), o presidente Lula não se preocupa com o sofrimento da população, pois os recursos existem, mas não são aplicados na prevenção dos desastres naturais. "Entendo que o governo mais uma vez mostra uma total incapacidade na gestão e atua lentamente. E dessa maneira, deixa a sociedade em risco", reprovou. Ele também lembra que dos R$ 145 milhões previstos no orçamento para obras de serviços urbanos de água, esgoto, drenagem e controle de erosão, pouco foi destinado ao Rio de Janeiro. (Da Rádio Tucana/Foto: Ag. Câmara)
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