
“Nunca antes na história desse país se viu tanta irresponsabilidade, condenando as gerações futuras a viverem num aperto e, acima de tudo, numa ausência total em questões importantes ligadas à saúde, segurança, educação e infraestrutura”, reprovou o deputado Wandenkolk Gonçalves (PA) nesta segunda-feira (9). Para ele, as contas não pagas do governo chegaram a um valor tão alto por incompetência de gestão do Palácio do Planalto.
Os chamados "restos a pagar" são despesas que ficam de um ano para outro e ocorrem porque os ministérios muitas vezes contratam uma obra que não é concluída até dezembro, como tem acontecido com o PAC. Como o governo se comprometeu a pagar a despesa, a conta acaba sendo jogada para o ano seguinte. É algo rotineiro na administração pública, mas se a quantidade desses restos a pagar se torna muito grande, o volume de recursos para novos projetos torna-se menor.
“É por isso que quando se faz uma avaliação do país, vemos que nossos portos são arcaicos, as estradas sofrem com buracos, as filas dos hospitais estão imensas e muitas crianças ainda não frequentam a escola. Este governo só pensa na próxima eleição, e não na próxima geração. Essa herança maldita vai ficar para o próximo governante”, critica Wandenkolk. Ainda segundo o deputado, o PAC não passa de um “projeto eleitoreiro e de ficção".
O deputado afirma que a diferença nas contas deixadas por FHC e Lula comprovam uma importante diferença entre as duas gestões. “Enquanto no nosso governo pensávamos na próxima geração, o atual presidente só pensa em política. Ele está usando o recurso público para fazer aquilo que ele sabe fazer bem feito - que é política - com o dinheiro do povo brasileiro”, concluiu.
R$ 68 bilhões
Essa é a diferença entre os chamados "restos a pagar" deixados por Fernando Henrique e aqueles que o sucessor de Lula herdará. Os valores foram atualizados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
(Reportagem: Djan Moreno/Foto: Eduardo Lacerda)
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