25 de ago. de 2010

Gastança

Governo não preza pela economia nem na reforma do Palácio do Planalto, diz Hauly

Quase um ano e meio após ser fechado para reforma, o Palácio do Planalto voltou a ser usado pelo presidente da República quatro meses depois do prazo inicial. Além disso, o valor gasto ultrapassou o teto estabelecido no orçamento e já foram identificados problemas de acabamento.

Para o deputado Luiz Carlos Hauly (PR), em se tratando do governo do PT nenhum desses problemas surpreende. Segundo ele, atrasos e superfaturamentos em empreendimentos federais ocorreram constantemente nos últimos oito anos.


Na avaliação do parlamentar, é lamentável que nem na reforma do prédio que simboliza o Poder Executivo o governo tenha zelado pela austeridade. “O palácio é uma obra planejada por Oscar Niemeyer que sempre prezou pela singeleza não somente dos traços arquitetônicos, mas pela transparência e seriedade que sua construção simboliza”, avaliou Hauly nesta quarta-feira (25).

O custo inicial da reforma era de R$ 76 milhões. Posteriormente, o valor subiu para R$ 98 milhões e acabou em R$ 111 milhões, estourando em R$ 1 milhão o limite. Entre os problemas de acabamento, estão deformações na entrada principal e irregularidades na pintura.

No mezanino, a parede de espelhos que deveria refletir o Supremo Tribunal Federal, na outra ponta da Praça dos Três Poderes, distorce as imagens da rua. Há também desnível na entrada de algumas salas e banheiros, de acordo com reportagem do jornal "Folha de S. Paulo". Muitas salas desapareceram na reforma, assim como o antigo jardim de inverno onde estavam os azulejos de Athos Bulcão, destruídos com a obra.

46%
Foi o aumento dos gastos na reforma em relação ao valor inicial. O orçamento passou de R$ 76 milhões para R$ 111 milhões.

(Reportagem: Renata Guimarães / Foto: Ag. Câmara)

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