14 de out. de 2010

Apuração necessária

Leonardo Vilela defende quebra de sigilo de Erenice Guerra e mais agilidade na investigação

O deputado Leonardo Vilela (GO) defendeu nesta quinta-feira (14) a quebra do sigilo telefônico da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra. Segundo reportagem do jornal “O Globo”, a Polícia Federal (PF) vai pedir autorização à Justiça Federal para abrir, copiar arquivos e periciar os computadores usados pela ex-ministra e outros ex-servidores da Casa Civil citados nas denúncias sobre tráfico de influência e corrupção no governo federal. O tucano considerou importante a decisão da PF, mas afirmou que tal medida já deveria ter sido tomada.

“Espero que as investigações sejam rápidas e que no tempo mais breve possível possamos identificar todo esse esquema de tráfico de influência, cobrança de propina e corrupção na Casa Civil. A sociedade exige a apuração completa dos fatos e a punição dos culpados”, ressaltou o parlamentar.

A PF pretende interrogar a ex-ministra e pedir também a quebra do sigilo telefônico dela e de outros envolvidos. A partir dessa devassa em extratos telefônicos, registros de trocas de e-mails e no conteúdo das mensagens, os policiais federais tentarão identificar o grau de proximidade entre os investigados. Os computadores usados foram lacrados por uma sindicância interna do Palácio do Planalto.

Israel Guerra, filho de Erenice, é acusado de tentar intermediar negócios entre empresas privadas e o governo. As denúncias partiram dos lobistas Fábio Baracat, Rubnei Quícoli e do ex-diretor de Operações dos Correios Marco Antônio Oliveira. Israel Guerra foi contratado para ajudar a Master Top Airlines (MTA), empresa de transporte aéreo de carga, a obter uma licença na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e, a partir daí, renovar contrato com os Correios.

A PF também fará um levantamento nos registros de entrada e saída na torre de acesso ao escritório do advogado Márcio Silva, no Brasília Shopping, na capital federal. De acordo com reportagem da revista "Veja", o local foi utilizado por Israel e seus sócios na Capital - Vinicius Castro, funcionário da Casa Civil, e Stevan Knezevic, servidor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) – para despachar com os clientes. Silva é coordenador da banca que cuida dos assuntos jurídicos da campanha presidencial do PT. (Reportagem: Letícia Bogéa/ Foto: Eduardo Lacerda)

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