Criado pelo governo Lula, o programa "Brasil Alfabetizado" fracassou. Apesar de ter gasto R$ 2 bilhões, a iniciativa do PT não conseguiu reduzir como deveria a quantidade de pessoas que não sabem ler e escrever.

Na avaliação do tucano, o mau resultado é fruto da incompetência de gestão. “É muito mais em função de gerência do que de conteúdo, que a princípio é nobre, ou seja, busca alfabetizar os que não tiveram acesso à educação formal ou de uma boa qualidade no período adequado”, ressaltou.
Para Rogério Marinho, essa é uma área que precisa balizar um projeto nacional, e não apenas de um partido ou de um governo de plantão. “A educação precisa deixar de ser um consenso retórico, no qual todos falam que é interessante e bom, mas na hora em que exercem o poder poucos dão a necessária atenção a ela”, alertou.
São várias as razões para o insucesso do "Brasil Alfabetizado". O próprio Ministério da Educação (MEC) desconhece a eficácia do programa, que somente em 2009 passou a ter uma prova para medição do aprendizado. O índice de evasão chega a 30%, segundo a estatística oficial. Ou seja, de 10 alunos que começam, três largam o estudo no meio do caminho.
Além disso, nesses oito anos de vigência o governo Lula reformulou o "Brasil Alfabetizado", mas nem assim os resultados vieram. E mais: somente 15% dos alfabetizadores são professores, dificultando o aprendizado.
14,1 milhões
Era a quantidade de analfabetos em 2009, segundo o IBGE. Desde 2006, esse número está na casa de 14 milhões. O indicador mostra o fracasso da política do governo do PT de combate a um problema que envergonha o país. A idade média do analfabeto brasileiro era de 54 anos em 2009. O país tinha no ano passado 5,4 milhões de iletrados com menos de 50 anos, a maioria deles habitantes de áreas urbanas (3,2 milhões).
R$ 250
É o valor mensal pago aos educadores do "Brasil Alfabetizado" para darem quatro aulas por semana.
(Reportagem: Artur Filho/ Foto: Eduardo Lacerda)
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