Quando voltar do recesso, a Câmara dos Deputados deve analisar o Projeto de Lei 5956/09, do deputado Ricardo Tripoli (SP), que proíbe o abate de chinchila para fins comerciais, em todo o território nacional. "A questão que se coloca neste projeto de lei está acima dos interesses comerciais. Sentimo-nos no dever de combater o sacrifício de animais realizado apenas para alimentar a vaidade humana. Por que ceifar a vida desses pequenos animais para confecção de casacos de luxo?", questiona o parlamentar tucano.
Ricardo Tripoli (foto) explica que a chinchila, pequeno roedor originário dos Andes, tem o pelo 30 vezes mais suave que o cabelo humano. "Devido à sua beleza, maciez e capacidade de isolamento térmico, as peles desse animal sempre foram muito valorizadas para a confecção de casacos de frio.
Mas a indústria da moda há muito dispõe de tecnologia para produzir roupas quentes com outros materiais", pondera o tucano. "Devemos promover na sociedade brasileira, valores em defesa da vida e contra os maus tratos a animais", completa.
Comércio milionário - Estima-se que o comércio global de pele de chinchila atinja mais de US$ 10 milhões por ano. O Brasil, segundo Tripoli, é o segundo maior produtor mundial desse tipo de pele. O parlamentar sustenta ainda que, para produzir um casaco, é necessário abater entre 40 e 50 animais, o que eleva seu custo para algo em torno de 80 mil dólares (cerca de R$ 138,6 mil).
A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analisada pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para conhecer a íntegra do projeto, acesse: http://intranet.camara.gov.br/sileg/integras/686596.pdf
(Da redação do Diário Tucano, com Agência Câmara)
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