O senador Alvaro Dias (PR) reprovou nesta terça-feira (2) a decisão do presidente Lula de vetar dispositivo do Orçamento e passar por cima do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Congresso para "escancarar as portas do governo para a possibilidade do superfaturamento e da corrupção". Com esse veto, o petista permitiu a continuidade de quatro obras da Petrobras que seriam paralisadas por, segundo o TCU, terem irregularidades graves.

O parlamentar do PSDB cobrou uma reação do Congresso em defesa do TCU para impedir que a capacidade do tribunal de fiscalizar seja comprometida, como quer o governo Lula. Ele observou que para recuperar a credibilidade e reconquistar o respeito da sociedade, é preciso que o Congresso proclame a sua independência e faça valer as suas prerrogativas, não aceitando as imposições do Executivo. "Esse viés autoritário do Executivo e essa manifestação de prepotência constante não podem ser avalizados pelo Senado", apontou.
Cronograma para analisar vetos - Já o líder da Minoria no Congresso, deputado Otavio Leite (RJ), cobrou hoje do presidente do Congresso, senador José Sarney (PMDB-AP), a organização de um cronograma de sessões para apreciação exclusiva dos vetos. A intenção é reduzir o número deles em cada votação, permitindo uma análise mais adequada das decisões presidenciais.
“Ao vetar um projeto, o presidente justifica razões de interesse público ou constitucional. Mas é preciso lembrar que a palavra final que irá decidir se a matéria vira ou não lei é do Congresso Nacional. É importante que as decisões sobre manter ou rejeitar um veto também sejam amplamente debatidas. Acumular vetos dentro da gaveta é abdicar de uma prerrogativa constitucional”, critica Otavio. Atualmente estão pendentes de votação 545 vetos da Presidência da República (17 totais e 528 parciais) a 74 projetos de lei. (Da redação com assessorias/Foto: Ag. Senado)
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