2 de fev. de 2010

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CPI vai a Luziânia acompanhar investigação sobre sumiço de jovens


Com o objetivo de acompanhar as investigações conduzidas pela Polícia Civil do sumiço de seis jovens em Luziânia (GO), a CPI das Crianças Desaparecidas da Câmara promove audiência pública na Câmara Municipal da cidade goiana nesta quarta-feira (3) às 10h. Com idade entre 13 e 19 anos, os jovens desapareceram no último mês na cidade localizada a 70 quilômetros de Brasília. Os investigadores não têm pistas do caso, mas há suspeitas de que os jovens sejam vítimas do trabalho escravo.

Despreparo policial - O requerimento de autoria da relatora da CPI, deputada Andreia Zito (RJ), foi aprovado durante reunião da comissão nesta terça-feira (2). A tucana considera a audiência fundamental para cobrar maior rigor nas investigações. “A CPI pode colaborar nas investigações e deve discutir as causas desses desaparecimentos misteriosos. O caso despertou a atenção da mídia e da sociedade para um problema que acontece todos os dias e que a CPI vem alertando”, ressaltou.

O colegiado também aprovou hoje requerimentos do deputado Vanderlei Macris (SP) que pedem a convocação de autoridades do município para esclarecer como estão sendo conduzidas as investigações.

Além de debater o episódio de Luziânia, a CPI das Crianças Desaparecidas realizou hoje a primeira audiência de 2010. Foi ouvida Wal Ferrão (foto), presidente da ONG carioca “Portal Kids”, que atua na proteção de crianças, jovens e familiares há mais de 10 anos. A jornalista alertou para o despreparo e a falta de estrutura dos policiais para lidar com casos complexos e enigmáticos de desaparecimento e sequestro de crianças.

Andreia concorda que existe negligência por parte dos policiais. “Faltam estrutura e capacitação aos profissionais. As mães são vítimas de descaso nas delegacias ao comunicar o desaparecimento dos filhos, pois muitos policiais acreditam que os sumiços são meras fugas”, afirmou. A deputada destacou ainda que a CPI pode propor a criação de uma controladoria para apurar o trabalho policial no combate aos desaparecimentos, medida sugerida pela presidente da ONG. (Reportagem: Alessandra Galvão/ Foto: Ag. Câmara)

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