Os deputados Luiz Carlos Hauly (PR) e Raimundo Gomes de Matos (CE) alertaram nesta quinta-feira (20) para resultados de estudo que aponta a alta carga tributária e as deficiências na infraestrutura como entraves à competitividade brasileira no cenário internacional. De acordo com o levantamento, o país ocupa o 38º lugar em um ranking com 58 nações. Nos últimos anos, parlamentares do PSDB vem alertando para a necessidade de o país avançar na superação dessas barreiras, o que não vem ocorrendo no governo Lula.

Na avaliação de Hauly, a alta carga tributária traz uma série de malefícios ao país, a exemplo da sonegação, guerras fiscais e a importação exagerada, enfraquecendo a indústria nacional. Já a infraestrutura deficitária foi classificada por ele de uma “constatação terrível” apontada pelo levantamento.
O deputado recomendou soluções para combater as leis defasadas, a burocracia e os impostos excessivos que travam a competitividade do país. “É preciso fazer uma reforma tributária efetiva, reestruturar as juntas comerciais para serem mais modernas e ágeis, auxiliando os micros e pequenos empreendedores, além de promover a desburocratização e a simplificação da legislação”, enumerou Hauly. Para ele, essas medidas ajudariam a impulsionar o crescimento nacional.
Gomes de Matos afirmou que houve uma estagnação no governo Lula, apesar do cenário favorável para o desenvolvimento do país. Segundo ele, os gargalos da infraestrutura são resultados da má gestão do PT. “O governo priorizou o gasto de custeio em detrimento dos investimentos. O país estagnou, quando poderia ter crescido muito mais”, criticou.

Os avanços na área de saúde também precisam ser mais significativos, na avaliação do tucano. “O governo alega que precisa ressuscitar a CPMF, quando o Brasil arrecada mais de R$ 200 milhões por dia. O que está sendo feito com esse dinheiro? Precisamos garantir capacitação e inclusão social em uma visão de futuro”, apontou Gomes de Matos.
País fica para trás, apesar a arrecadação recorde de impostos
→ De janeiro a abril, a arrecadação do governo federal bateu recorde, ao atingir R$ 256,8 bilhões, uma média de R$ 214 milhões por dia. Somente em abril, esse número chegou a R$ 66,8 bilhões.
→ Segundo o estudo, realizado pela faculdade suíça Instituto Internacional para o Desenvolvimento da Administração, em parceria no Brasil com a Fundação Dom Cabral, as principais fraquezas continuam na falta de eficiência do governo em todas as esferas e na infraestrutura deficitária. Esse segmento inclui setores como logística, tecnologia, ciência, educação e saúde.
(Reportagem: Alessandra Galvão/Fotos: Eduardo Lacerda)
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