2 de jun. de 2010

À beira do colapso

Falta de investimentos pode gerar caos nos aeroportos, alerta Fruet

O líder da Minoria na Câmara, deputado Gustavo Fruet (PR), disse que a luz amarela nos aeroportos está acesa pela falta de investimentos do governo federal. Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela o risco de apagão no setor aéreo antes mesmo da realização da Copa do Mundo de 2014, se não houver investimentos imediatos do governo federal. Para o tucano, o estudo mostra o esgotamento dos terminais.
“Os principais aeroportos já estão no limite. Há risco de insegurança na utilização dessa infraestrutura que apresenta deficiências. Isso não é novidade. Na CPI da Crise Aérea esses gargalos foram apontados”, enfatizou nesta quarta-feira (2).

A pesquisa revela que oito das 12 cidades-sede do mundial estão com os aeroportos operando no limite da capacidade máxima, beirando o colapso por causa da demanda. De acordo com Fruet, o presidente Lula age como se ele não fosse o responsável pelos investimentos nos aeroportos.
“Ao invés de esclarecer e solucionar esses fatos, o governo culpa a legislação pela inação ou pelo atraso dos investimentos. Há uma briga já instalada entre o governo, o Tribunal de Contas da União e o Ministério Público que apontaram uma série de irregularidades em vários aeroportos”, frisou o tucano.

Fruet afirma que as taxas recolhidas pelo governo, pagas pelo setor aéreo não são aplicadas para melhorar os terminais, mas destinadas para outros fins. Ele disse ainda que a oposição apresentou um pedido de informações ao Ministério da Defesa para relacionar os projetos de ampliação e reformas dos aeroportos e a lista dos responsáveis técnicos.

Estudo do Ipea mostra que 10 aeroportos das 12 cidades-sede da Copa do Mundo não conseguem atender aos pedidos de pousos e decolagens no horário de pico. No aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, São Paulo, são feitos 65 pedidos de pousos e decolagens por hora para uma capacidade de 53 movimentações. Em Congonhas, na capital paulista, os pedidos são de 34 pousos e decolagens para uma capacidade de apenas 24. Em Brasília, a capacidade é de 36 movimentações por hora, e a demanda chega a 45.

(Reportagem: Artur Filho/Foto: Eduardo Lacerda)

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