14 de jun. de 2010

Vaga na ONU

Marisa Serrano: apoio de Lula ao Irã pode fazer o Brasil perder vaga no Conselho de Segurança da ONU

A senadora Marisa Serrano (MS) afirmou nesta segunda-feira (14) que o apoio do presidente Lula ao programa nuclear do Irã pode fazer o Brasil perder a tão sonhada vaga no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas. “Um país que aspira ser líder mundial e se coloca ao lado de um ditador, sinaliza ao mundo ser contra algo buscado por todas as nações: a luta pela liberdade”, avaliou a tucana, ao se referir ao regime comandado por Mahmoud Ahmadinejad.


Segundo matéria publicada pelo jornal “O Estado de São Paulo”, a atuação do Brasil em relação ao acordo nuclear do Irã deteriorou a imagem da diplomacia brasileira e tornou praticamente inviável o sonho de conseguir um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.

Para a senadora, o desejo do Brasil ficou mais distante. “Nós já temos um retrato de como ficamos isolados neste contexto. Portanto, acredito que vai ser muito mais difícil para o Brasil assumir a vaga que o Lula tanto sonhou”, afirmou Marisa.


A reportagem apurou, ainda, que a posição do governo Lula deixou as autoridades russas irritadas e incomodadas com a pretensão brasileira e turca de se envolverem em questões internacionais.

Segundo a tucana, o presidente Lula poderia até dar um tom conciliador ao acordo internacional, mas não interferir e chamar a responsabilidade para si. “Me preocupa muito todo o tipo de decisões internacionais tomadas pelo governo Lula. Somos protagonistas de algo que não queremos. Ele leva o nome do Brasil, de todos os brasileiros para apoiar algo que nós repudiamos”, condenou a parlamentar.

→ Reportagem do "Estadão" traz a informação de que um diplomata do alto escalão dos Estados Unidos na ONU afirmou que o Brasil não deveria defender quem viola as regras mundiais. Além disso, o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, disse que o Brasil decepcionou.


→ O Irã anunciou que dará início a construção de uma nova usina de enriquecimento de urânio em março de 2011. Um plano para construção de dez novas usinas de enriquecimento, capazes de processar urânio e transformá-lo em combustível para usinas de energia nuclear foi aprovado pelo país.


→ O receio do mundo é que o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, não use o metal para fins pacíficos, mas para produzir a bomba atômica.


(Reportagem: Artur Filho/ Foto: Eduardo Lacerda)

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