27 de ago. de 2010

Estradas esquecidas

Amary critica falta de investimentos em rodovias concedidas pelo governo federal

O deputado Renato Amary (SP) criticou nesta sexta-feira (27) o atraso na aplicação de investimentos nas rodovias concedidas à iniciativa privada. Segundo o parlamentar, a falta de fiscalização por parte do governo federal torna a situação do setor viário brasileiro "lastimável" e cada vez mais problemática, impossibilitando que o país continue seu processo de desenvolvimento e escoamento da produção nacional.

De acordo com o jornal “Folha de São Paulo”, uma empresa que detém a concessão de cinco dos últimos sete lotes privatizados pelo poder público federal não realizou nenhuma obra prevista em contrato para desobstruir gargalos nos mais de 2.000 km de estradas por ela arrematados em 2007. Dos R$ 880 milhões de investimentos prometidos pela concessionária para este ano, apenas R$ 218 milhões foram aplicados no primeiro semestre.

Na avaliação do tucano, para que modelos de concessão funcionem é necessário a elaboração de contratos eficientes e a supervisão rigorosa da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

“É lamentável que isso aconteça em vésperas de eleição. Quem acredita que tudo está caminhando bem se engana, pois não está, principalmente quando falamos de sistema viário nacional”, protestou o tucano. Amary também condenou o fato de o governo permitir, no final do ano passado, que as obras de todas as concessionárias fossem adiadas.

O bom exemplo de SP
→ O deputado ressaltou o bom exemplo das concessões de rodovias realizado em São Paulo. “O governo de São Paulo mostrou como se deve trabalhar com o sistema viário. Quando as concessões foram outorgadas ao setor privado, o poder público não hesitou em cobrar e cumprir com suas obrigações”, explicou o deputado.


→ Nas estradas paulistas administradas pela mesma concessionária
que detém a concessão de cinco dos últimos sete lotes privatizados pelo poder público federal, a parcela de execução foi bem superior do que a média nacional: o investimento no primeiro semestre chegou a metade dos R$ 182 milhões previstos para 2010, de acordo com a Folha.

(Reportagem: Renata Guimarães / Foto: Eduardo Lacerda)


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