“O Brasil está perdendo uma grande oportunidade de dar um salto na expansão da internet banda larga.” O alerta foi feito nesta segunda-feira (16) pelo líder da Minoria na Câmara, deputado Gustavo Fruet (PR). Segundo o tucano, o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), lançado no primeiro semestre pelo governo federal, não saiu do papel e está sendo usado apenas como instrumento de campanha.
Especialistas afirmam que o Planalto errou desde o início, quando resolveu “ressuscitar” uma estatal - a Telebrás - para gerenciar o plano, que tem como principal objetivo expandir fortemente a internet rápida a todo país. Para Fruet, o Planalto pode errar mais uma vez se optar por entregar o projeto a uma única empresa privada, como defendem alguns integrantes do governo. Perdido sobre que rumo tomar, o Planalto não consegue fazer o projeto andar.
“Na realidade, não há um programa de banda larga. O governo já deu várias voltas e até agora não conseguiu definir o que realmente pretende com esse plano”, critica o deputado, que integra a Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara.
De acordo com ele, as poucas atitudes tomadas em relação ao projeto foram apenas eleitoreiras, como a reativação da Telebrás e a escolha das cidades que receberiam os primeiros pólos de inclusão digital. Em edital lançado pelo Ministério das Comunicações, de 163 municípios contemplados somente dois são administrados pelo PSDB e DEM, partidos que fazem oposição ao governo federal. "Contra fatos não há argumentos. O Brasil está atrasado em relação a inúmeros países na expansão da banda larga”, reitera o deputado tucano.
Perdido, Planalto não sabe o que fazer
→ Como alerta a jornalista Mírian Leitão em artigo intitulado "Salto adiado", o governo Lula oscila no dilema entre recriar uma estatal ou privilegiar uma empresa privada para executar seu plano. Enquanto não sabe o que fazer, fica no papel a meta de ampliar dos atuais 14 milhões de residências com internet rápida para 32 milhões em 2014. Muitos especialistas defendem que um ambiente de concorrência entre as empresas traria mais benefícios ao país. No entanto, a gestão petista sinaliza que não tomará esse caminho.
(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Eduardo Lacerda)
Ouça aqui o boletim de rádio
Perdido, Planalto não sabe o que fazer
→ Como alerta a jornalista Mírian Leitão em artigo intitulado "Salto adiado", o governo Lula oscila no dilema entre recriar uma estatal ou privilegiar uma empresa privada para executar seu plano. Enquanto não sabe o que fazer, fica no papel a meta de ampliar dos atuais 14 milhões de residências com internet rápida para 32 milhões em 2014. Muitos especialistas defendem que um ambiente de concorrência entre as empresas traria mais benefícios ao país. No entanto, a gestão petista sinaliza que não tomará esse caminho.
→ Segundo estudos da GSM Consultoria, o país não resolveu um problema básico: apenas 32% dos domicílios brasileiros têm computador.
→ Enquanto a gestão petista caminha para não deixar nenhum legado relevante na área de telecomunicações, a privatização da telefonia nos anos FHC permitiu que o país passasse de 1 milhão de celulares, nos anos 90, para 180 milhões atualmente, além de possibilitar que 82% dos domicílios tivessem telefone celular ou fixo. Nas palavras de Miriam Leitão, “esse foi o primeiro grande salto. O governo Lula está atrasando o segundo salto.”
(Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Eduardo Lacerda)
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