20 de set. de 2010

Soberba

"Audiência com Dilma não era para café, mas para ela dar explicações", diz Alvaro

O senador Alvaro Dias (PR) rechaçou as afirmações de Dilma Rousseff sobre convite que o tucano apresentou hoje (20) ao Senado para que a candidata do PT à Presidência compareça à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O intuito é que Dilma explique as denúncias de tráfico de influência e cobrança de propina durante sua gestão à frente da Casa Civil. Ontem a candidata afirmou que não aceitaria convite de Alvaro nem para um “cafezinho”. “O convite não é para café mesmo não. O convite é para dar explicações ao povo brasileiro”, rebateu o senador.

“Foi em sua gestão que aconteceram esses fatos gravíssimos. Portanto há a necessidade que ela venha. Se comparecer poderá inclusive se defender. Estamos oferecendo a ela essa oportunidade de defesa, já que está sendo acusada”, explicou Alvaro Dias. Para que o convite seja efetivado, o requerimento do senador precisa ser aprovado pela CCJ. Caso isso ocorra, caberá a própria candidata decidir se irá ou não ao Senado explicar a verdade dos fatos.

No requerimento, o tucano afirma que a sucessão de escândalos envolvendo a Casa Civil atingiu nesta semana um "novo patamar". O senador se refere à reportagem da revista “Veja” que revelou o pagamento de propina, em espécie, nas próprias dependências do Palácio do Planalto. "As ramificações criminosas se multiplicam a cada semana, demonstrando que o esquema montado na Casa Civil envolvendo a família Guerra, em operação desde a gestão da ex-ministra Dilma Rousseff, é mais grave do que se poderia imaginar", disse o parlamentar na justificativa do requerimento ao se referir aos parentes de Erenice Guerra.

Para Alvaro Dias, as novas revelações da imprensa também demonstram a necessidade de determinar qual é o real envolvimento de Dilma com as denúncias. Segundo o senador, os fatos narrados com base em entrevistas e depoimentos comprovados evidenciam ser pouco crível que decisões de tamanha gravidade, tomadas para respaldar o rol de ilícitos cometidos ao longo de anos, ocorreram sem o aval do titular da pasta. (Reportagem: Djan Moreno e Lúcio Lambranho/ Foto: Ag. Senado)

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