Deputados criticam governo Lula por ocupar órgãos públicos com apadrinhados despreparados
Parlamentares do PSDB condenaram nesta terça-feira (21) a prática do governo Lula de usar cargos públicos para abrigar militantes, políticos e pessoas sem competência ou preparo técnico para exercer suas funções. Nem mesmo as agências reguladoras foram poupadas da estratégia petista de ocupar vagas destinadas a especialistas, causando sérios prejuízos à gestão governamental.
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos é um exemplo de cabide de emprego para simpatizantes e filiados do PT. A Apex abriga na presidência, em cargos de confiança, duas assessoras que têm relações familiares com personagens-chave do escândalo dos "aloprados" petistas, que completa quatro anos.
“A saúde econômica brasileira tem que estar acima dos partidos. A exportação é um elemento importante e os governos sempre apoiarão a venda de produtos daqui para outros países, independentemente do partido que esteja no poder. Lamentavelmente um órgão que tem que ser técnico hoje é objeto de apadrinhamento político. Dessa forma, as ações de governo não passam a ter como preocupação o interesse nacional, mas sim um jogo eleitoral”, avaliou o deputado Otavio Leite (RJ).
A chefe de gabinete da Apex, Mônica Zerbinato, é mulher de Osvaldo Bargas, ex-secretário do Ministério do Trabalho que perdeu o cargo com a revelação do caso em 2006. Seu papel no escândalo dos aloprados seria de articular entrevista para divulgar supostas denúncias contra o então candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra. Também lotada na presidência, Natália Lorenzetti é filha de Jorge Lorenzetti, que participou do esquema de compra de um dossiê contra o tucano.
Já as agências reguladoras sofreram um processo de "esvaziamento" sistemático ao longo do governo Lula. Além de queda nos orçamentos, essas autarquias sofrem com as indicações claramente políticas para diretorias que exigem experiência técnica. Um dos chefes da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), por exemplo, era dirigente de um time de basquete em Brasília, sem qualquer qualificação para gerir um setor estratégico para o desenvolvimento brasileiro.
“Isso não faz o menor sentido. As agências servem para abrigar, nos seus quadros profissionais, pessoas que tenham profundo conhecimento da área de atuação da agência. O atual governo passou de todos os limites. É uma apropriação de algo público para um fim privado. Isso está errado”, reiterou Otavio Leite.
O deputado Renato Amary (SP) também criticou o uso da estrutura do governo para abrigar apaniguados. “Essas pessoas que ocupam esses cargos não têm nenhuma qualificação. São agentes políticos que saem para pedir voto e influenciar as pessoas a apoiarem a candidata do PT à Presidência”, ressaltou. “É preciso ter a carteirinha partidária para ser recebido e remunerado pelo governo federal”, acrescentou Amary.
Parlamentares do PSDB condenaram nesta terça-feira (21) a prática do governo Lula de usar cargos públicos para abrigar militantes, políticos e pessoas sem competência ou preparo técnico para exercer suas funções. Nem mesmo as agências reguladoras foram poupadas da estratégia petista de ocupar vagas destinadas a especialistas, causando sérios prejuízos à gestão governamental.
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos é um exemplo de cabide de emprego para simpatizantes e filiados do PT. A Apex abriga na presidência, em cargos de confiança, duas assessoras que têm relações familiares com personagens-chave do escândalo dos "aloprados" petistas, que completa quatro anos.
“A saúde econômica brasileira tem que estar acima dos partidos. A exportação é um elemento importante e os governos sempre apoiarão a venda de produtos daqui para outros países, independentemente do partido que esteja no poder. Lamentavelmente um órgão que tem que ser técnico hoje é objeto de apadrinhamento político. Dessa forma, as ações de governo não passam a ter como preocupação o interesse nacional, mas sim um jogo eleitoral”, avaliou o deputado Otavio Leite (RJ).
A chefe de gabinete da Apex, Mônica Zerbinato, é mulher de Osvaldo Bargas, ex-secretário do Ministério do Trabalho que perdeu o cargo com a revelação do caso em 2006. Seu papel no escândalo dos aloprados seria de articular entrevista para divulgar supostas denúncias contra o então candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra. Também lotada na presidência, Natália Lorenzetti é filha de Jorge Lorenzetti, que participou do esquema de compra de um dossiê contra o tucano.
Já as agências reguladoras sofreram um processo de "esvaziamento" sistemático ao longo do governo Lula. Além de queda nos orçamentos, essas autarquias sofrem com as indicações claramente políticas para diretorias que exigem experiência técnica. Um dos chefes da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), por exemplo, era dirigente de um time de basquete em Brasília, sem qualquer qualificação para gerir um setor estratégico para o desenvolvimento brasileiro.
“Isso não faz o menor sentido. As agências servem para abrigar, nos seus quadros profissionais, pessoas que tenham profundo conhecimento da área de atuação da agência. O atual governo passou de todos os limites. É uma apropriação de algo público para um fim privado. Isso está errado”, reiterou Otavio Leite.
O deputado Renato Amary (SP) também criticou o uso da estrutura do governo para abrigar apaniguados. “Essas pessoas que ocupam esses cargos não têm nenhuma qualificação. São agentes políticos que saem para pedir voto e influenciar as pessoas a apoiarem a candidata do PT à Presidência”, ressaltou. “É preciso ter a carteirinha partidária para ser recebido e remunerado pelo governo federal”, acrescentou Amary.
Competência?
→ Questionada pelo jornal "O Globo" sobre o número de petistas que emprega no momento, a Apex informou que, ao contratar seus funcionários, leva em conta tão somente “critérios técnicos, de competência e qualificação”.
→ O salário do diretor-geral da ANTT é de R$ 11.500,82. Dos outros quatro diretores, de R$ 10.925,78.
→ A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) empregou os quatro membros do "grupo do lobby" comandado por Israel Guerra, filho de Erenice Guerra, que se demitiu da Casa Civil na quinta.
(Reportagem: Letícia Bogéa/ Fotos: Eduardo Lacerda)
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