2 de set. de 2010

Palavra furada

Hauly: governo não cumpre acordo e põe em risco sistema postal

Apenas 187 das quase 2 mil franquias existentes aderiram ao novo contrato formulado pelos Correios. A estatal reduziu a remuneração pelos serviços prestados e eliminou atribuições, provocando o risco de insolvência dos franqueados. O baixo número de adesão e as liminares que suspendem processos de licitação podem provocar o colapso do sistema de entrega de correspondências em todo o país, pois o prazo-limite concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para regularizar a situação termina em 10 de novembro.

A indefinição e a falta de compromisso do governo ameaça a sobrevivência de pequenos empresários que se especializaram na comercialização de serviços dos Correios (no Paraná, isso corresponde a 70% do faturamento), sendo que muitos desses negócios são gerenciados por membros da família.


O deputado Luiz Carlos Hauly (PR) alertou, em maio, para o risco de prejuízo que os franqueados corriam por causa das novas exigências estabelecidas no processo de licitação. Em audiência pública na Comissão de Defesa do Consumidor, tanto insistiu que o diretor comercial dos Correios garantiu que não faltaria sustentação para os franqueados.
“É lamentável que o governo não mantenha compromissos assumidos publicamente e engane a todos”, afirmou Hauly ao ler notícias sobre a ameaça de colapso no sistema por causa da falta de entendimento entre Correios e franqueados.

A Associação Brasileira de Franquias Postais (Abrapost) tem buscado negociar, sobretudo, o valor da tabela de remuneração. No entanto, o governo sempre recua.
Há uma semana a associação mineira de funcionários de agências franqueadas, em passeata, apelou ao ex-ministro das Comunicações e candidato ao governo, Hélio Costa, que encaminhe a negociação, deixando-o numa situação embaraçosa diante de seu convidado, o embaixador do Japão. (Da redação com assessoria/ Foto: Ag. Câmara)

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