O deputado Silvio Torres (SP) condenou nesta sexta-feira (15) os gastos excessivos com estádios para a Copa do Mundo de 2014 e o baixo investimento em infraestrutura nas cidades-sede do evento. Segundo estudo inédito da consultoria econômica LCA, o Brasil caminha para repetir o fiasco das Olimpíadas de Atenas, em 2004; do Pan-Americano do Rio, em 2007; e até mesmo dos Jogos Olímpicos de Montreal, em 1976; considerados os piores exemplos da história esportiva mundial.
Presidente da subcomissão da Câmara que fiscaliza os gastos com a organização do mundial, o tucano considerou a situação “preocupante”. “Há muito tempo alertamos para a falta de sustentabilidade dos estádios depois da Copa. Devido aos atrasos, há o risco de que essas arenas fiquem ainda mais caras que o previsto. A Copa no Brasil está muito aquém das expectativas e se avançou muito pouco nas obras de infraestrutura. O evento é reflexo da falta de competência e de gestão do governo federal”, criticou Silvio Torres.
A conclusão do estudo da LCA é que os eventos de maior êxito sob o ponto de vista econômico e social, e não necessariamente no plano esportivo, consumiram proporcionalmente mais investimentos na infraestrutura das cidades e menos em equipamentos esportivos. Nos casos de sucesso listados pela consultoria, o percentual gasto em equipamentos esportivos oscila na faixa dos 10%, como na Olimpíada de Barcelona, em 1992 (9,1%), e na Copa do Mundo da Alemanha, em 2006 (11,1%). Para o torneio de 2014 no Brasil, dos R$ 22,7 bilhões de gastos previstos pelo governo federal, 25% serão usados na construção de estádios.
Segundo o economista Bráulio Borges, da LCA, os projetos brasileiros para a Copa de 2014 e para a Olimpíada de 2016 não preveem investimentos significativos em revitalização de áreas urbanas degradadas, novas linhas de metrô e outros meios de transporte e tampouco na melhoria da infraestrutura urbana do país.
Silvio Torres criticou ainda a lentidão nas obras de infraestrutura e mobilidade urbana. Segundo o deputado, somente esses investimentos deixarão ganhos permanentes para o país. “As obras não estão aceleradas e grande parte delas pode não ser concluída até a Copa. O ganho de imagem do Brasil, que se tornaria um destino turístico mais visitado, pode não acontecer. Corremos o risco de acabar comprometendo a imagem do país”, destacou. “Espero que esse quadro seja revisto e que possamos recuperar o tempo perdido para que o Brasil possa ter ganhos reais”, completou o tucano. (Reportagem: Alessandra Galvão/Foto: Eduardo Lacerda)
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Presidente da subcomissão da Câmara que fiscaliza os gastos com a organização do mundial, o tucano considerou a situação “preocupante”. “Há muito tempo alertamos para a falta de sustentabilidade dos estádios depois da Copa. Devido aos atrasos, há o risco de que essas arenas fiquem ainda mais caras que o previsto. A Copa no Brasil está muito aquém das expectativas e se avançou muito pouco nas obras de infraestrutura. O evento é reflexo da falta de competência e de gestão do governo federal”, criticou Silvio Torres.
A conclusão do estudo da LCA é que os eventos de maior êxito sob o ponto de vista econômico e social, e não necessariamente no plano esportivo, consumiram proporcionalmente mais investimentos na infraestrutura das cidades e menos em equipamentos esportivos. Nos casos de sucesso listados pela consultoria, o percentual gasto em equipamentos esportivos oscila na faixa dos 10%, como na Olimpíada de Barcelona, em 1992 (9,1%), e na Copa do Mundo da Alemanha, em 2006 (11,1%). Para o torneio de 2014 no Brasil, dos R$ 22,7 bilhões de gastos previstos pelo governo federal, 25% serão usados na construção de estádios.
Segundo o economista Bráulio Borges, da LCA, os projetos brasileiros para a Copa de 2014 e para a Olimpíada de 2016 não preveem investimentos significativos em revitalização de áreas urbanas degradadas, novas linhas de metrô e outros meios de transporte e tampouco na melhoria da infraestrutura urbana do país.
Silvio Torres criticou ainda a lentidão nas obras de infraestrutura e mobilidade urbana. Segundo o deputado, somente esses investimentos deixarão ganhos permanentes para o país. “As obras não estão aceleradas e grande parte delas pode não ser concluída até a Copa. O ganho de imagem do Brasil, que se tornaria um destino turístico mais visitado, pode não acontecer. Corremos o risco de acabar comprometendo a imagem do país”, destacou. “Espero que esse quadro seja revisto e que possamos recuperar o tempo perdido para que o Brasil possa ter ganhos reais”, completou o tucano. (Reportagem: Alessandra Galvão/Foto: Eduardo Lacerda)
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