Pauletti: negociação sobre reajustes a aposentados é "jogo de xadrez"
O deputado Professor Ruy Pauletti (RS) avaliou que a negociação de propostas de interesse de aposentados e pensionistas é um verdadeiro "jogo de xadrez". Projetos que tratam do fim do fator previdenciário, o reajuste igualitário e a recomposição das perdas das aposentadorias acima de um salário mínimo aguardam votação na Câmara.
Cautela e responsabilidade - “Este assunto envolve milhões de brasileiros. Portanto, é necessário cautela e responsabilidade nas movimentações”, declarou. Se aprovadas, as propostas beneficiarão 8,2 milhões de segurados. Mas, segundo o governo, os reajustes provocariam um rombo nas contas da Previdência.
A Confederação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas (COBAP) e emissários da Esplanada estão em negociação. Segundo Pauletti, uma das propostas é o reajuste a partir de janeiro de 2010. “O governo ofereceu um aumento acima da inflação, mas a proposta só é possível sem os demais projetos. Em contrapartida, foi exigido que os aposentados aceitem o cancelamento das três propostas e a manutenção de um veto”, apontou.
A estratégia do governo é inconcebível, de acordo com o tucano. “Se isso ocorrer, duas mudanças serão enterradas de vez: estabelecer o salário mínimo como índice de reajuste para todos os benefícios e o fim do fator previdenciário”, criticou. A implantação do fator 85,95 é outra proposta em negociação. A regra, em discussão na Casa, soma a idade e o tempo de contribuição. Se o resultado for 85 para as mulheres e 95 para os homens, o pagamento das aposentadorias é integral, sem o desconto do fator previdenciário. (Reportagem: Alessandra Galvão/Foto: Eduardo Lacerda)
Um comentário:
Quando se fala em previdência me vem a mente o primeiro contribuinte, que após colocar na mão do governo anos e anos de uma parte do seu salário, se aposentou com as regras mudadas e mudando até hoje. Se o fiel depositário destas primeiras contribuições "sumiu" com o capital (mesmo que tenha sido utilizado com os mais nobres propósitos), vem agora descarregar na grande maioria dos aposentados, que precisa deste provento (sim, porque uma pequena parcela recebe por ter direito também e não por necessidade), forçando-os a ter um final de vida (muitas vezes continuando a trabalhar) igual ao velho ditado "ficar quietinho sem fazer nada como se estivesse flutuando no esgoto com o líquido fétido até o queixo"(o empréstimo consignado é o exemplo de quem se mexeu).
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